quinta-feira, 18 de julho de 2013

TRABALHANDO A LEI-AFRICANIDADE

Trabalhando a Lei-Africanidade



ENCONTRO AFRICANIDADES EM AÇÃO

COMO TRABALHAR A LEI 10.639/03?

DEVE SER ABORDADO NA ESCOLA DURANTE TODO ANO LETIVO E NÃO SOMENTE EM DATAS ESPECÍFICAS.
COMO FAZER VALER A LEI?
DEVE SER INCLUÍDA NO CURRÍCULO, NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, NAS REUNIÕES DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES.
O QUE NÃO PODEMOS MAIS FAZER?
TRATAR A LEI COMO CURSO, OFICINA, SEMINÁRIO PARA DEPOIS SER ESQUECIDA PELAS ESCOLAS.
COMO APROVEITAR O ESPAÇO ESCOLAR COMO NO MOMENTO PEDAGÓGICO PARA DISCUTIR A DIVERSIDADE?
A IDENTIDADE ÉTNICA PASSA PELAS INDAGAÇÕES:
QUEM SOU EU?
 QUAL A MINHA DESCENDÊNCIA?
 OS MEUS ANTEPASSADOS, QUEM FORAM?
 DE ONDE VIERAM?
 O QUE FIZERAM?
QUAL O CAMINHO DA MUDANÇA?

 A INTERDISCIPLINARIDADE E MULTIDISCIPLINARIDADE.
 A ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR E MULTIDISCIPLINAR DEVERÁ SER FEITA ATRAVÉS DE PROJETOS.

EXEMPLOS:

 EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
Estudo da arte de origem africana e afro descendentes.
Culinária
Estudo dos grandes compositores negros no Brasil
Estudo e confecção de máscaras pontuando a sua importância na cultura africana.

LINGUA PORTUGUESA
Influências africanas no vocabulário brasileiro.
Poetas africanos
 Poetas e escritores negros no Brasil
 Letras de musicas que abordem a trajetória do negro no Brasil, que homenageiem Grandes personalidades negras, que falem sobre a discriminação racial, que citem A importância da diversidade cultural no nosso País…
Comparar obras de escritores negros brasileiros de acordo com a posição que os personagens negros são apresentados em suas obras.

 HISTÓRIA
África pré-colonial, seus reis e rainhas formação da população brasileira.
Grandes líderes políticos negros no Brasil e no Mundo.
A contribuição de pessoas influentes sobre a luta do negro no Brasil, desde o Brasil Colônia até os dias de hoje, como políticos, poetas, escritores, artistas…
 mitologia comparada.

 GEOGRAFIA
 As riquezas naturais da África, origem da raça humana, formação da população no Brasil.
 Estudos dos países pertencentes ao Continente Africano de onde partiram os negros escravizados no Brasil.
Estados brasileiros onde a presença do negro foi primordial para a formação cultural do local.

 MATEMÁTICA
 Estudo de tabelas, percentuais, dados estatísticos (IBGE).

CIÊNCIAS
Estudo da formação genética do povo brasileiro
 Composição nutricional da culinária africana
Estudo sobre epidemias/qualidade de vida na África


EDUCAÇÃO FÍSICA
 Estudo da capoeira, ritmos.

 ENSINO RELIGIOSO
 A identidade, a ética, o respeito, a diversidade cultural, o sincretismo religioso.

IMPORTANTE
Que todos os envolvidos conheçam as definições legais relativas à elaboração pelas (próprias) instituições de ensino de seus projetos político-pedagógicos incluindo na organização do trabalho pedagógico a ser realizado no seu interior a temática das relações étnico-raciais e a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana presentes nos seguintes dispositivos:

LDB 9.394/96 – Lei que define as diretrizes e bases da educação nacional.
LEI 10.639/03 – Lei que altera a LDB 9.394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “Historia e Cultura Afro-Brasileira.
PARECER CNE/CP 003 de 10/03/2004 e a RESOLUÇÃO CNE/CP 001 de 17/07/2004 – que instituíram e normatizaram as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Documentos na íntegra nos sites: http://www.planalto.gov.br
legislação/leis ordinárias e http://www.mec.gov.br/cne

POR QUE DEVEMOS ESTUDAR A HISTÓRIA AFRICANA?
É preciso ter bons argumentos para responder a questões como esta. Um bom caminho a seguir seria o da utilização de estratégias que chamassem a atenção dos “ouvintes”(alunos ou mesmo outros educadores) para a importância da África na trajetória histórica da humanidade. É claro que também não podemos esquecer de enfocar seu rico e específico conjunto de sociedades e experiências culturais, sociais, econômicas e políticas.
Eis alguns elementos para começar a refletir e a construir bons argumentos sobre a temática.
O estudo da história do continente africana possibilita a correção das referências equivocadas que carregamos sobre os africanos, além, é claro, de tornar mais denso nossos conhecimentos sobre suas características e realidades
 
 
Devemos enfatizar e valorizar algo que está esquecido por muitos: nossa ancestralidade africana. É necessário que articulemos dados sobre a intensa participação africana na elaboração da sociedade brasileira com a ininterrupta tarefa de combate ao racismo e às práticas discriminatórias a que estão sujeitos diariamente milhares de africanos e afro-descendentes espalhados pelo mundo. Se não trabalharmos corretamente com suas características históricas não é possível construir imagens positivas sobre as realidades e sociedades africanas.
 
 
Em uma perspectiva legal e jurídica da questão não se pode ignorar que, com a Lei nº. 10.639/03, o ensino da história da África nas escolas tornou-se obrigatório. E mesmo antes disso, os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) já estabeleciam diretrizes nesse sentido. Ora, se temos de ensinar, portanto, temos de saber como faze-lo (isso é óbvio!)
 
E, por fim, existe o caráter formativo/intelectual do assunto, o motivo de maior importância entre os apresentados. A África possui tantas escolas de pensadores, de artistas, de intelectuais, e contribuições para o entendimento e construção do patrimônio histórico/cultural da humanidade que é inadmissível simplesmente não estudá-la.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário