domingo, 28 de julho de 2013

VOCABULÁRIO DO FOLCLORE INTERATIVO

VOCABULÁRIO DO FOLCLORE INTERATIVO


 


ABAFO

 Modalidade de frevo-de-rua, também conhecido como "frevo de encontro", caracterizado pelo

predomínio dos trombones. Chama-se de "abafo", quando, na rua, tem o propósito de abafar o som que

vem da orquestra de outro clube de frevo.


ABOIAR

Cantoria dos vaqueiros na sua marcha de condução do gado em boiadas, ou à noitinha, dos

campos de pastagem para os currais da fazenda.


ABRE-ALAS

 Carro alegórico simbolizando a agremiação no desfile, informando o tema/enredo.

ADIVINHAÇÃO

 Divertimento por decifração de enigmas, principalmente no folclore infantil, onde os

enigmas exercem papel educativo e constituem bom entretenimento.


ADUFE

 Pandeiro de formato quadrado.

ADULFO

Cuíca, instrumento roncador que acompanha o ritmo do samba.

AFOXÊ

 Cordão carnavalesco de predominância na Bahia, com instrumentos e música do ritual do

Candomblé e canto em língua Nagô.


AGOGO

 Instrumento de percussão, componente das orquestras de maracatus, chamados de gonguê

e das baterias de escolas de samba.


AGREMIAÇÃO CARNAVALESCA

 Divisões de grupos por categorias, que saem as ruas no carnaval.

Originariamente, eram formados pela mesma profissão ou ocupação, ou por algo de admiração comum.


ALA

Grupo organizado de passistas, uniformemente fantasiados, obedecendo a uma coreografia.

ALDEIA

 Espaço chamado pelos caboclinhos destinado a sua exibição no carnaval.

ALEGORIAS

 Enfeites preparados para serem utilizados em carros alegóricos ou nas mãos dos

participantes das alas, nas agremiações.


APITO

 Pequeno instrumento de sopro, de som estridente, usado pelo regente de várias agremiações

para avisar o início da introdução musical.


ARLEQUIM

Fantasia de imitação ao traje de um personagem da peça teatral italiana "Comeddia

dell'arte”. Rival de Pierrô pelo amor da Colombina.


ARRASTA-PÉ

 Baile popular. O mesmo que bate-chinela, bate-coxas, forrobodó e forró.

ARRASTA-POVO

 Ensaio de "clube de frevo" ou "troça", antigamente, pelas ruas centrais do Recife.

Assim, as músicas eram divulgadas para o povo.


ARRASTO

 Grande rede de pescaria, tecida de algodão fiado, que traz, a cada arremesso, grande

quantidade de peixes, inclusive os pequenos, por isso, é proibido o seu uso em determinada época. O

mesmo que arrastão.

 


ARTESÃO

 Indivíduo que atua em atividade predominantemente manual, com produção que requer

criatividade ou habilidade pessoal, podendo utilizar ferramentas ou máquinas, em ambiente doméstico

ou em pequenas oficinas.


ARUENDA

 Cortejo assemelhado ao maracatu, antigamente realizado no carnaval da cidade

pernambucana de Goiana.


AUTO

 Encenação popular em forma teatral, com bailados e cantos, tratando assuntos religiosos ou

profanos, geralmente, representado no ciclo natalino nos pastoris, marujadas e bumba-meu-boi.


BACALHAU

 Vareta fina, leve e mais ou menos longa, de uso do batuqueiro da orquestra dos

maracatus.


BACAMARTE

 Arma de fogo, de cano curto e largo, também chamada de ‘riuna’ ou ‘granadeira’.

Usada na Guerra do Paraguai, espalhou-se pelo sertão afora, sendo usadas pelos cangaceiros.


BACAMARTEIRO

Atirador de bacamarte. Atualmente faz parte do ciclo junino e natalino. Apresentase

em grupos, acompanhados de banda de pífanos, onde deflagram grandes descargas de pólvora seca.


BAIÃO

 É música e dança, catalogada desde o século XIX, tem como acompanhamento a sanfona ou a

viola. Foi propagado, pelo Brasil, por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.


BALIZA-PUXANTE

 Passista do sexo masculino, fantasiado à Luís XV, que dança com o estandarte do

clube de frevo. Geralmente são dois ou três balizas fazendo parte da proteção ao símbolo do clube.


BANDA DE PÍFANOS

 Conjunto instrumental de percussão e sopro, conhecida, também, por cabaçal

ou zabumba. Apresenta-se nos autos e em todas as festividades folclóricas.


BAQUE

 Repique produzido pelo bombo da orquestra do maracatu. Por isso, os maracatus são,

também, chamados de baque.


BARRACÃO

 Área coberta onde são preparadas as alegorias e fantasias das agremiações

carnavalescas que se apresentam em desfiles organizados.


BATALHA DE CONFETE

Brincadeira entre foliões nos bailes de carnaval consistindo em uma guerra

de papel picado. Muito utilizado nos carnavais do início do século XX.


BATERIA

 Grupos de instrumentos de percussão responsável pelo ritmo da escola de samba em

desfile.


BATIDA

 Combinação de ritmo, andamento, compasso e intensidade do som, peculiar a cada

agremiação.


BATUCADA

 Grupo de três ou quatro ritmistas batucando seus instrumentos de percussão. Estilo de

música com ritmo bem marcado, originário do batuque de Angola.


BISNAGA

 Tubo cilíndrico plástico, que as crianças enchem de água para molhar pessoas nos dias de

carnaval. Meio termo entre a seringa do entrudo e o lança-perfume.


BLOCO CARNAVALESCO

 Surgiu das reuniões familiares na cidade do Recife, na década de 30, como

extensão dos presépios e ranchos de reis. Sua orquestra é constituída de pau e corda e o lirismo sua

característica principal. Cantam frevo-de-bloco.


BLOCO DE RUA

 Também chamado de "bloco de embalo", pela animação que provoca. É um grupo de

foliões semi-organizados, com fantasias variadas e orquestra própria.

 


BLOCO DE SUJOS

 Grupo ocasional de animados foliões desorganizados, na base do improviso, sem

fantasias, com uma batucada de latas vazias, panelas velhas, etc.


BOI DE CARNAVAL

 É a uma das figuras do "Auto do bumba-meu-boi", drama pastoril do ciclo

natalino, que no período carnavalesco saem às ruas do Recife, com coreografia própria para os dias de

folia. Folguedo que migrou das festas natalinas para o carnaval, apresentando-se sem a encenação de

autos. Dele fazem parte Mateus, Catirina, burras, cavalos-marinhos, o capitão, entre outros.


BOIADEIRO

 Quem faz a boiada andar, também conhecido por ‘tangerino’ e, ainda, peão.

BOMBO

 O mesmo que Zabumba. Grandes tambores integrantes das orquestras dos maracatus.

Antigamente animava as troças de "Zé Pereiras".


BONECA DE MARACATU

 Ou calunga, é uma figura dos maracatus. Nos maracatus tradicionais, a

boneca é de cor preta e feita de madeira, que representam as divindades femininas do Candomblé. Na

atualidade utilizam-se também bonecas de plástico.


BONECA DE PANO

 Encontrada nas feiras, feitas de retalhos de tecidos de algodão coloridos.

Utilizada, também, com a altura de uma pessoa, presa aos sapatos do par, para apresentações públicas

de danças, como o forró.


BONECOS DE BARRO

 Artesanato artístico que ganhou fama com as criações do Mestre Vitalino, de

Caruaru. São encontrados representando todos os folguedos e costumes populares como capoeiristas,

sertanejos, profissões diversas, animais, etc.


BONECOS GIGANTES

 Surgiram na Europa, na Idade Média, onde são encontrados na atualidade.

Propagou-se no Brasil, em maior número, nas ladeiras de Olinda, onde obteve larga divulgação. A troça

O CARIRI confeccionou, em 1932, o primeiro gigante folião de Olinda.


BRAW

 Dança aos pulos do folião, executada em ritmo lento, no momento em que o trio elétrico

apresenta um frevo-de-rua.


BUMBA-MEU-BOI

 É um drama pastoril, um espetáculo de arena, apresentando-se em campo aberto.

O boi dança e é morto por motivos variados, é repartido ou, em outros lugares ressuscitado. Recebe

vários nomes pelo Brasil afora: Boi Calemba, Boi de Reis, Boi Bumbá, Boi Mamão, etc.


CABOCLINHOS

 Ou cabocolinhos, grupos que saem no carnaval pernambucano. São tribos de índios

que têm como característica o uso de "preacas" (arco e flecha fixados com barbante), trajando vistosos

cocares.


CABOCLO DE LANÇA

 Integrante do maracatu rural. Em suas apresentações usa uma lança de dois

metros de comprimento; uma cabeleira de papel celofane; uma gola bordada; uma espécie de bolsa,

chamada "surrão", onde são presos os chocalhos.


CABOCLO DE PENA

Outro integrante do maracatu rural. Confundido com os caboclinhos, tem como

característica um enorme capacete de quase um metro de altura, como se fosse uma coroa, adornado

de vidrilhos e penas tingidas. Chamados também de "tuxáu" ou "tuxaua".


CAIXA DE GUERRA

 Tambor de tamanho médio. Instrumento usado nos maracatus e nas escolas de

samba.


CAMBINDAS

 Refere-se à brincadeiras de homens trajados de mulher. Precursor do maracatu rural.

Foliões vestidos de baianas, organizados para um cortejo nas vilas e povoados nordestinos. Deve ser da

mesma origem dos Cucumbis, folguedo com bailados guerreiros e pequenos enredos, outrora, muito

populares na Bahia.

 


CANGACEIRO

 O mais famoso foi Virgulino Ferreira, o Lampião. O cangaço foi um fenômeno social

que surgiu no final do século XIX, pela extrema miséria da população do Nordeste: eles roubavam para

dar aos flagelados da seca.


CARACAXÁ

 Ou ganzá, são chocalhos de forma cilíndrica, incluído em algumas orquestras do carnaval

de Pernambuco.


CARNAVAL

A maior festa popular brasileira entra no calendário, a partir da determinação da Sextafeira

da Paixão, que é marcada na primeira lua cheia subseqüente ao dia 21 de março e, assim, o

carnaval é realizado sete semanas antes da Páscoa. A forma atual do carnaval foi estabelecida no final

do século XIX e início do século XX. Anterior a este tempo era realizado o “entrudo”, brincadeira trazida

pelos portugueses no tempo da colonização brasileira.


CARRANCA

 Grotescas e curiosas figuras, talhadas em madeiras, colocadas nas proas das

embarcações utilizadas no Rio São Francisco, para espantar as assombrações e os maus fluídos.

Costuma-se usa-las nas residências, em posição que fique olhando para a porta de entrada da casa,

garantindo, assim, a guarda contra os olhos grandes.


CAPOEIRA

 Luta marcial, hoje jogo atlético, foi introduzida, no Brasil, pelos negros bantos de Angola.

São dos capoeiras os primeiros passos do frevo, em um misto de luta e música.


CASAMENTO MATUTO

Representação caricatural da instituição do casamento, sobre o aspecto da

cerimônia, da severidade do pai, do sexo antes do casamento e da negativa do noivo. Os personagens

são quase sempre os mesmos: a noiva grávida, o pai que obriga o noivo a casar com a intervenção da

polícia. O casamento matuto é realizado por um padre sob o olhar vigilante do delegado e de soldados

de polícia. Ao final da encenação o baile é proclamado e se dança a quadrilha.


CAVAQUINHO

 De origem portuguesa, é um instrumento de cordas utilizado nas orquestras de

ranchos.


CLARIM

 Trombeta de som agudo e estridente usada na abertura dos desfiles de alguns clubes e

troças carnavalescas.


CLÓVIS

Corruptela de clown (palhaço em inglês). Fantasia que se assemelha ao palhaço, muito

usada no começo do século XX.


CLUBES DE ALEGORIA E CRÍTICA

 Eram clubes de préstito do início do século XX, isto é, de grupos

de pessoas em marcha, em procissão. Tinha como característica grandes carros alegóricos,

representando quadros com críticas ao governo; figuras gigantescas; indumentárias ricas e participação

dos jovens da sociedade.


CLUBES DE FREVO

 Agremiação carnavalesca predominante do Recife e Olinda. Sua estrutura

assemelha-se às procissões quaresmais, comuns no século XVIII. Traz, no estandarte, seu emblema e

tem seu cortejo aberto pelos clarins. Conhecido também como Clube Carnavalesco.


COMISSÃO DE FRENTE

 Grupo de dez a quinze pessoas, não fantasiadas, mas vestidos com apurada

elegância, que simbolizam as tradições da agremiação.


CORSO

 Cortejo de carros em itinerário antes estabelecido, de grande animação nos carnavais de rua

até a década de 30. Automóveis de capotas arriadas e pequenos caminhões conduziam famílias ou

grupos de foliões geralmente fantasiados.


CUÍCA

Instrumento de percussão constituído de um cilindro metálico, vestido de um lado por uma

pele, prendendo-se ao centro, na parte inferior, uma vareta que atritada com a mão, produz um som

rouco.

 


CUCUMBIS

Cordão organizado por negros sob a influência de rituais festivos e religiosos da África.

Desaparecido do carnaval.


DIZER NO PÉ

 Dançar bem o samba e com absoluta liberdade de movimentos.

EMBAIXADA

 Denominação do grupo precursor da escola de samba.

EMBOSCADA

 Luta simulada travada entre grupos tradicionais de caboclinhos quando se exibem no

carnaval.


ENSAIO DE RUA

 Antiga preparação dos clubes de frevo do Recife para o carnaval que se

aproximava.


ENTRUDO

 Chegou ao Brasil com os costumes portugueses. Eram jogos realizados nos três dias que

antecediam à Quaresma. A palavra entrudo vem do latim

introitus (introdução).

ESTANDARTE

 Pavilhão símbolo de um Clube de Frevo, Maracatu ou Bloco, geralmente feito de

veludo, com desenhos e figuras em alto relevo bordados com fios dourados.


EVOÉ

 Antigamente, a palavra chave de toda e qualquer notícia sobre o carnaval de 1910 a 1950.

"Evohé" é o sobrenome de Dyonisos Baco, passando a significar o grito dos bacantes em honra do deus

do vinho na mitologia grega.


EVOLUÇÃO

 Coordenação de ritmo e dança de todo o conjunto de uma agremiação carnavalesca,

durante o desfile.


FANFARRA

Orquestra com predomínio dos instrumentos de metal utilizados nos Clubes de Frevo e

carnaval de rua de Pernambuco.


FIGURAS DE FRENTE

 Componentes dos Clubes de Frevo, ricamente vestidos, que desfilam atrás do

porta-estandarte.


FILHÓS

 Bolinhos preparados com farinha de trigo, fritos em óleo e servido com calda de açúcar,

durante o carnaval, em Pernambuco.


FLABELO

 Ou cartaz, é semelhante ao estandarte dos Clubes de Frevo, onde traz o nome e o símbolo

do Bloco Carnavalesco.


FOLIA

 Animação nas festividades carnavalescas.

FOLIÃO

 Aquele que participa dos folguedos carnavalescos, nas ruas e nos bailes, estando ou não

fantasiado.


FREVO

Gênero de música carnavalesca, tipicamente pernambucano com três variações clássicas:

frevo-de-rua, frevo-de-bloco e frevo-canção, juntando-se a estas uma quarta variante: o frevoeletrizado.


FRIGIDEIRA

Tipo de panela de cozinha introduzida como instrumento na bateria das escolas de

samba, em 1948, no Rio de Janeiro.


FUNGE

 Antigamente, reunião informal de foliões no período carnavalesco, com o único intuito de

comer e beber.


FUNIL

 Corneta feita de folha de flandes usada por figurantes de alguns maracatus, para dar aviso de

sua aproximação. É também a denominação do chapéu do Caboclo de Lança.

 


GRITO DE CARNAVAL

 Primeira manifestação festiva do carnaval, tradicionalmente acontecia nos

bailes promovidos pelos clubes sociais no último dia do ano (Ano Novo), partindo-se para os bailes da

temporada. Expressão popular que define o baile de carnaval, propriamente dito.


GUTE-GUTE

Pulos alternativos e sem ritmo que os acompanhantes dos trios elétricos realizam em

sentido contrário à evolução da multidão.


JATO-PERFUME

 Tubo cilíndrico plástico contendo líquido perfumado, surgido no carnaval de 1963,

com o sentido de substituir o lança-perfume de uso e fabricação proibidos. Não chegou a popularizar-se

pois foi também proibido por decreto federal.


JETONES

 Ou jetons eram caramelos em formato de bolas, enrolados em papel prateado, com uma

cauda de tiras de papel de seda de dois palmos de comprimento. Eram arremessados como se fossem

petecas entre foliões.


LANÇA-PERFUME

Bisnaga de vidro ou metal, contendo éter perfumado para ser esguichado em

pessoas participantes dos festejos carnavalescos. Apareceu em 1903, vindo da França, em substituição

às limas de cheiro desaparecidas com a proibição do entrudo.


LANCEIRO

Menino com trajes de guarda romano, participantes dos cortejos de antigos maracatus.

LIMA DE CHEIRO

 Ou laranjinha, era uma pequena esfera, geralmente feita de cera e contendo água

perfumada, para arremessar nas pessoas visadas e molha-las. Proibidas pelo uso com águas mal

cheirosas e com a proibição do entrudo.


LÍNGUA DE SOGRA

 Instrumento de animação carnavalesca, feito de papel, simulando uma língua

muito comprida e enrolada, crescendo quando soprada. Surgiu no carnaval de 1895. Atualmente serve

como brinquedo infantil.


LIVRO DE OURO

 Caderno escolar de capa dura, para anotação e assinaturas das doações em

dinheiro destinadas as despesas das agremiações carnavalescas.


LOAS

 Versos recitados pelos caboclinhos quando se apresentam no carnaval. É também os cantos

entoados pelos maracatus rurais.


MARACÁ

 Cabaça cheia de sementes, servindo como instrumento musical na marcação do ritmo.

Usada nas orquestras das Tribos de Caboclinhos.


MARACATU

Folguedo do carnaval pernambucano, imitando um cortejo real, reminiscência dos negros

cativos. Apresentam-se em duas categorias: Maracatu Nação ou Baque-virado e Maracatu Rural ou de

Baque-solto.


MARCANTE

 Bombo mestre de uma orquestra de maracatu, de som grave, geralmente feito de pele

de carneiro. Sua finalidade é liderar o ritmo de todo o conjunto percussivo.


MARCHA

Música propriamente carnavalesca, alegre e com letra crítica ou irônica, é uma das

modalidades da música do carnaval do Rio de Janeiro. Já a marcha-rancho tem ritmo lento e pastoral.


MÁSCARAS

 Peças de variados estilos, formatos e tamanhos, feitas de papelão, pano, cortiça,

plástico, cera ou couro, com que se cobre o rosto para disfarces. Nos carnavais de antigamente, a

influência era tanta que um terço dos foliões saíam às ruas com máscaras.


MASCARADA

 Grupo de foliões disfarçados com máscaras. Também denominados "Turmas".

MASCARADOS

 Foliões anônimos peculiares nos carnavais de antigamente, isolados ou em grupos

pequenos.



MEIÃO

 Bombo componente de uma orquestra de maracatu, geralmente feito de pele de carneiro.

Produz um som intermediário, entre o grave e o agudo.


MELA-MELA

 Tentativa de foliões recifenses de restaurar o desaparecido entrudo, disfarçado em

corso. Começando em 1960 e sendo proibido em 1983.


MESTRA

 Componente da ala feminina dos Blocos Carnavalescos recifenses, encarregada de ensaiar

os frevos-de-bloco.


MESTRE DAS TOADAS

 Pessoa responsável pelo ensaio do coro feminino de um maracatu rural.

MI-CARÊME

 Vocábulo francês com o significado de meia-quaresma. No Brasil com o sentido de

segundo carnaval de comemoração à Aleluia, que se realiza logo depois da Semana Santa.


MICARETA

 Gíria baiana para designar o segundo carnaval da cidade de Feira de Santana, festejando

a Aleluia no final da Semana Santa. Precursor dos carnavais fora de época existente, hoje, em todo o

Brasil.


PANDEIRO

Instrumento de percussão, constituído de uma pele esticada num aro ou num quadrado

de madeira ou de metal, com ou sem guizos, no qual se bate com as mãos e acrobaticamente com os

cotovelos.


PAPANGU

 Folião com fantasia improvisada, aproveitando peças velhas, enfeites ordinários e

comportamento abobalhado. No início do século XX, vestiam-se com sacos de estopa, fronhas na

cabeça e meias nas mãos.


PONTILHADO

 Passo de frevo. O passista flexiona a perna direita, cruza a esquerda à altura do joelho

e toca o calcanhar no chão.


PREACA

 As peças que simulam o arco e a flecha dos índios, usados pelos integrantes das Tribos de

Caboclinhos do Recife.


RASGADO

 Acorde estridente dos instrumentos de metal de uma fanfarra tocando um frevo-de-rua.

RASTEIRA

 Passo de frevo. O passista movimenta as pernas e forçando os joelhos, quando flexiona o

corpo ficando de costas para o chão, procura empurrar os joelhos de outro passista.


RECO-RECO

 Instrumento de percussão introduzido nas baterias das escolas de samba.

Originariamente feito com um gomo de bambu.


REI MOMO

 Símbolo da grandeza do Carnaval, sempre representado por um folião muito gordo e de

simpatia irradiante, vestindo fantasia vistosa, com coroa majestática. É uma figura mitológica grega.


REINADO DE MOMO

Bailes, desfiles de escolas de samba, cortejos de clubes, blocos de ruas, troças

brincalhonas, mascarados e foliões fantasiados, música, tudo o que tem sentido carnavalesco.


SÁBADO GORDO

 Sábado que precede o domingo de carnaval. É também chamado de sábado de Zé

Pereira.


SACA-ROLHA

Passo de frevo. O passista, cruzando a perna direita sobre a esquerda, vira-se nas

pontas dos pés descrevendo uma volta completa para ficar com a perna esquerda sobre a direita.


SAFARRASCO

 Antigamente, baile carnavalesco sem programa e organização, realizado na base do

improviso.


SERPENTINA

Fita estreita de papel, muito comprida e de cores variadas, enrolada em forma de disco

que se desenrola em arremesso nos festejos carnavalescos. Surgiu no carnaval de 1892.



 
TALABARTE

Grosso cinto de couro, apoiado em um dos ombros do porta-estandarte para facilitar a

sustentação do pavilhão do clube de frevo ou outras agremiações durante o desfile.


TERNO

 Orquestra de maracatu rural.

TESOURA

 Passo de frevo. O passista flexiona o corpo num pequeno agachamento e, rapidamente,

com as pernas em forma de tesoura, logo se levanta dando uma volta completa na ponta dos pés.


TORÉ

Dança de caboclinhos.

TRIBO DE ÍNDIOS

 Folguedo popular originário da Paraíba, atualmente apresenta-se com raridade no

carnaval.


TRÍDUO MOMESCO

São os três dias de carnaval, embora a abertura dos festejos dedicados a Momo

seja muito antes, tento que já se diz "semana do carnaval". Por decreto municipal, é de 11 dias o

carnaval da cidade de Olinda, Pernambuco.


TRIOLIM

Violão de quatro cordas que, eletrificado, surgiu como o terceiro instrumento do trio

elétrico.


TROÇA

Grupos de foliões em brincadeiras improvisadas e sem a mínima organização, animando o

carnaval nos subúrbios dos grandes centros urbanos e das cidades do interior. Raras as troças que se

apresentam com orquestras ou fantasias.


URSO DO CARNAVAL

Ou La ursa, é uma brincadeira do carnaval recifense, onde um homem vestido

com trapos e uma máscara de urso, amarrado pela cintura, e puxado por outro figurante, o domador,

arrecada dinheiro e assusta a meninada. Se o urso for endinheirado apresentam-se outros figurantes e

até orquestra.


VÔO DE ANDORINHA

 Passo de frevo. O passista, usando a sombrinha, procura espaços

desocupados para desenvolver sua dança: elevando o corpo com grande impulso, cuzando as pernas no

ar e, simultaneamente, abrir os braços. Logo em seguida cai com os tornozelos cruzados para

recomeçar o passo.


XERE

Chocalho introduzido nas apresentações no auto dos caboclinhos.

ZABUMBA

 Grupo de instrumentos barulhentos que, antigamente, animava a troça carnavalesca dos

Zé Pereira. É também a denominação de grandes tambores, no passado de fabricação artesanal,

integrante das orquestras de maracatus, também chamados de bombos.





 
 

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