domingo, 28 de julho de 2013

O FREVO TERMINA NA PONTA DO PÉ

O FREVO TERMINA NA PONTA DO PÉ



 
É tudo bastante simples, nem aculturação, nem assimilação, nem etnicidade, nem

hereditariedade, nem tão pouco relatividade cultural. É só ouvir, sentir, deixar entrar pela

cabeça, tomar todo o corpo e acabar no pé; não há quem resista quando o frevo começa!

A complexidade da hegemonia termina no carnaval, “ao som dos clarins de momo

o povo aclama com todo ardor”, os quatro dias do reinado da maior manifestação popular do

mundo.

O carnaval do Recife tem cheiro, gosto e cor. Alforria a alma e o coração dos

foliões, desperta sentidos e sentimentos, resultando nessa explosão de alegria.

A história relata os fatos, mas é na alma do povo que a cultura se estabelece, não é

somente ver e ouvir, vai muito além do que qualquer informante, por mais capacitado que seja,

possa expressar. É a consonância na evocação das raízes dessa gente que está construindo com

espontaneidade nossa história.

A oportunidade dos disfarces das máscaras e fantasias é única no carnaval, é a

ocasião da liberação da criatividade. A sociedade permite, talvez ela mesma retire nestes dias

de carnaval a sua própria máscara, e revele sua verdadeira face.

O carnaval acolhe, pluraliza e diversifica a todos os tipos de folguedos, há uma

ação de transformação e caracterização de diversos tipos culturais, o importante 
é que todos se

identifiquem e se emocionem.

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