sexta-feira, 19 de julho de 2013

O AFRODESCENDENTE

A afrodescendência é um tema polêmico pois existem muitos defensores da igualdade, dos direitos iguais em qualquer âmbito, escolar, sociedade e até no mercado de trabalho, mas também tem os racistas que se predispõe com seus posicionamentos irrelevalentes ao assunto abordado, onde dizem que o homem branco deve ser favorecido e o afrodescendente deve ser submetido a trabalhos duros e de segunda ordem. Necessita de se conscientizar essas pessoas para que tenham mais amor ao próximo e respeito mútuo de forma respeitar a todos em seu espaço conquistado e valorizar suas qualidades intrínsecas. Tanto no âmbito escolar como no mercado de trabalho ou até mesmo em outras sociedades, o negro é desfavorecido comparando ao homem branco, mas alguns especialistas defendem que a solução está na sala de aula, e, quem deve pregar a igualdade são os mestres porque os alunos a têm como modelos e a partir dos ensinamentos dos professores, começa a formação das opiniões nas mentes das crianças e consequentemente abrange às famílias em sua totalidade, mas, os mestres também deveriam receber ensinamentos a respeito do racismo em sua formação acadêmica, só que, na realidade isso não acontece, pois nas Universidades somente ensinam conteúdos e o lado humano é esquecido pelas mesmas. Isso é uma realidade que precisa ser mudada.

O AFRODESCENDENTE

O afrodescendente é um ser humano ( homem ou mulher) originário da África ou que tenha linhagem do povo africano e que vive fora da África.
É um povo, que no passado vivía numa escravidão terrível, sendo forçados a executarem trabalhos onde exigiam muita força e que o homem branco não queria fazer, mas graças á Lei Áurea, foi abolido a escravatura.
No tempo da escravidão propriamente dita, o negro era avaliado como um objeto, hoje, o mesmo é avaliado como um cidadão de segunda qualidade.
Antes de ocorrer a abolição da escravatura, os negros eram vistos como preguiçosos, por isso eram colocados para desenvolver trabalhos duros, apresentando uma forma de castigo.
A escravidão foi abolida em 13 de maio de 1888 pela então Princesa Isabel, mas a escravidão acabou apenas no papel porque até hoje os afrodescendentes sofrem com trabalhos escravos, mas o homem branco desmente essa realidade.
Numa época onde se fala muito em globalização, direitos humanos, o homem precisa se conscientizar de suas atitudes e também ter amor ao próximo, independente de cor, raça ou credo religioso. Também precisa acabar com a desigualdade social, pois muitas vezes um negro pode ter uma boa qualificação intelectual e qualidades diversas, mas como é um negro, a maioria das vezes são excluídos da sociedade devido a sua cor.
O homem independente da cor, necessita ter mais solidariedade, humanismo e deixar de lado o racismo e a culturalidade, levando em conta e sempre pregando a igualdade entre os povos.
O afrodescendente é identificado pelas qualidades negativas, por exemplo, se aconteceu um roubo em algum lugar e dentre as pessoas que estavam presentes no recinto onde ocorreu o roubo tinha algum negro, o maior suspeito será ele, pois o homem branco se considera superior aos afrodescendentes e isso é discriminação racial e superioridade por parte do homem branco.
Na concorrência por vagas no mercado de trabalho, o cidadão branco sai na frente e tem mais privilégios que o negro pois os avaliadores não analisam o conhecimento e o preparo intelectual do ser humano mas valoriza a questão da cor, aparência e status social.
Esse assunto que corre nos bastidores que, o povo brasileiro recebe todos em seu país independente da cor, raça e religião, é um mito, sendo que na verdade isso fica apenas nos discursos, mas na realidade acontece o inverso, o que tem mais poder econômico e o que tem melhor aparência é aceito dentro da sociedade brasileira sem questionamento algum.
No mercado de trabalho normalmente o homem branco recebe mais em salário do que o negro por causa da discriminação racial e muitas vezes o negro tem mais conhecimento e habilidade na determinada área do que o homem branco.
A escravidão no Brasil não acabou, muitos homens e mulheres de cor negra ainda executam trabalhos escravos só que essa verdade não é divulgado pela mídia por que pode ter uma repercussão negativa internacional e os estrangeiros poderão enxergar o Brasil com outros olhos.
Existem negros que são otimistas e partem para a batalha correndo atrás de seus direitos, mas grande parte do povo afrodescendente cria uma senso de inferioridade devido a exposição de sua imagem de forma negativa relacionado a sua cor.
O afrodescendente não conquista a sua posição dentro da sociedade, ele é imposto em uma determinada posição, muitas vezes por falta de mão-de-obra naquele ramo de atuação.
No mercado de trabalho, o afrodescendente sofre humilhações pois sempre é colocado para trabalhar em serviços menos valorizado e que o retorno financeiro é pequeno.
O homem branco, além de discriminar o afrodescendente, muitas vezes procura esconder os saberes do negro para que não venha se destacar frente ao homem branco. Um outro motivo de desqualificar os afrodescendentes é para que a cultura deles não se propagam na cultura brasileira.
A mulher negra por exemplo, é muito difícil ocupar um cargo de apresentadora de televisão, rádio, modelo, porque os especialistas não olham a qualidade intrínseca que a pessoa tem, e sim a aparência e o status social. É lamentável dizer isto, mas é verdade o que acontece nesse querido Brasil onde se prega igualdade, direitos iguais mas fica apenas nos discursos e nos livros, e, na verdade na prática é totalmente diferente.
O volume de negros que fazem papéis importante em novelas, filmes, é pequeno, e quando tem-se uma oportunidade nesse quesito, o mesmo não apresenta papel de destaque para a mídia, porque a sociedade já está acostumada com os destaques das pessoas de cor branca.
trabalho e da maioria da sociedade por causar desconforto devido a sua cor
O afrodescendente é avaliado pela sua aparência e não pela sua qualidade e capacidade intelectual, por isso é que os negros são descartados do mercado de
O homem branco tenta apagar a história do afrodescendente, silenciando sua existência, procurando apagar seus feitos, e esquecendo que o ser que ajudou a elevar o Brasil, e ter uma trajetória respeitada pelo mundo foi o negro, mas o negro passivamente olha e aceita esses atos do homem branco, pois o branco é a maioria e tem apoio dos políticos, então o negro se acomodou e aceitou essa tão dura realidade, que é apagar a sua história.
Na visão capitalista, os comerciantes temem contratar funcionários de cor negra para o atendimento ao cliente com medo de distanciar o cliente de seu estabelecimento devido o trauma que muitas pessoas tem em ter contato com um afrodescendente.
Devido as discriminações, o afrodescendente consente em ficar isolado em sua sociedade, deixando de exigir os seus valores e direitos dentro de uma sociedade que se diz globalizada.
Os negros são martirizados desde criança, começando pelos postos de saúde e creches, sendo que, se for negro, as chances de conseguir uma vaga para atendimento é bem minúscula frente ao cidadão de cor branca.
É por isso que o afrodescendente já cresce com o preconceito na mente pois desde criança já é inserido em seu sub-consciente a sua inferioridade diante do homem branco.
Uma forma de valorizar os afrodescendentes é destacar os seus valores, suas lutas e crenças,e, incentivar o cidadão branco a participar dessas atividades em conjunto com o cidadão negro.
Em quase todos os concursos, municipais, estaduais e nacionais, existem vagas para os afrodescendentes, mas isso já é uma discriminação racial, pois o afrodescendente deveria concorrer às mesmas vagas e não participar de um processo seletivo separados dos demais. O governo pensa que, com esses atos está diminuindo a discriminação, mas ao contrário disso, ele está aumentando a discriminação pela tal atitude.
A discriminação é uma violência emocional, pois os brancos imaginam que todas as pessoas devem ter o mesmo padrão de vida que eles, e os que diferem disto, está excluído da sociedade.
A população negra já criou no seu consciente a inferioridade frente a população branca,ou seja, desde criança durante a formação de sua identidade, viu a discriminação frente a frente e foi criado uma hematoma dessa situação.
A dignidade humana é um direito pessoal, mas na realidade ela está atrelada a vários aspectos: direito de ir e vir, direito de defender seus valores, respeito mútuo, amor e solidariedade.
O preconceito afeta o interior das pessoas porque durante a formação da consciência da criança negra, ela acaba inserindo em sua mente que ela é inferior aos brancos devido a sua cor, sendo assim, desvaloriza a sua capacidade intelectual, se sente impotente e cria sentimentos de fracasso o que leva a pessoa se auto-excluir da sociedade.
Até mesmo nas instituições religiosas existem o preconceito, alguns cargos importantes das igrejas, muitas vezes quem ocupa é o homem branco, ficando para segundo plano o homem afrodescendente.
Em alguns casos a discriminação é cultural e não racial, pois independente da cor da pele da pessoa, a mesma é discriminada avaliando apenas os vestuários, o status social e o poder de compra.
Por outro lado, a desigualdade social tem diminuído um pouco, pois o atual presidente do mais importante país do mundo U.S.A, é negro, e o mundo tem os Estados Unidos como modelo, e, com isso pode ser reduzido o racismo mundial. Também nos grandes discursos ocorridos nos Fóruns Mundiais que se trata da desigualdade social, tem reduzido grande parte da discriminação racial e as multas aplicadas para quem proceder com racismo, também tem surtido grande efeito para redução do racismo.
Foi criado a Lei Nº 10.639 em 9 de janeiro de 2003 que obriga as escolas brasileiras incluir no Currículo Escolar a necessidade do estudo da História e da Cultura Afro-Brasileira. Existem alguns especialistas no assunto abordado que apóiam a idéia proposta mas outros não concordam, porque os mesmos dizem que a partir desse princípio também deveria ser estudado a cultura indígena e a cultura de outras raças pertencentes no Brasil mas como é uma Lei, a mesma deve ser seguida sem constrangimento.

O AFRODESCENDENTE NA ESCOLA

As escolas deveriam transmitir conhecimentos intelectuais e trabalhar as culturas dos povos de sua nação, mas não é isso que acontece nas escolas brasileiras porque para que isso aconteça sería necessário a reelaboração do Projeto Político Pedagógico e do Currículo Escolar, e, via de regra, as escolas tão pouco tem esses documentos citados acima, e, quando possuem estão engavetados e esquecidos por quase todo o corpo docente e principalmente pela direção escolar.
Na escola muitas vezes os alunos afrodescendentes são discriminados desde criança, no momento da formação de sua consciência, e com isso crescem e já inserem em sua mente que o negro não tem valor nenhum e que somente os brancos são valorizados, ou seja, perdem sua identidade mesmo antes de adquirir.
A escola não divulga os feitos dos negros em destaque no cenário positivo mas sim no cenário negativo, nunca diz que os negros destacam na música, no esporte e outras atividades, mas apresenta aos alunos que os negros eram seres que viviam acorrentados trabalhando como escravos e não como livres. Os afrodescendentes nunca tiveram o poder da palavra mas fica sempre em segundo plano, e, com essa atitude o professor que na qual tem a função de educar, o mesmo deseduca e acaba agindo de forma injusta com os negros e destacando o homem branco.
Na verdade, quem deve ser conscientizado nessa parte são os mestres na qual passam a maior parte com os cidadãos do futuro (alunos) e que detém o poder de persuasão aos seus alunos, pois os alunos entendem como verdade, o que os mestres dizem e a tem como modelo de vida.
A escola prega a igualdade mas na prática exerce a discriminação, favorecendo os brancos e os que tem mais poder de compra e os que tem melhor aparência.
Muito se fala em qualidade na educação , mas qualidade é uma questão que deve ser avaliada na totalidade e não apenas nos recursos didáticos, professores bem qualificados e infra-estrutura para os alunos e professores, mas o sentido do respeito mútuo, consideração, amor ao próximo e a valorização de sua raça, crença, dentre outros fatores que influenciam na qualidade da educação. Na verdade necessita de mudar essa visão de mundo que as pessoas tem, é que a maioria entendem como valor, o dinheiro, a cor e o status social.
No calendário escolar existe até o dia da Consciência Negra mas fica apenas no discurso e no papel, ninguém se mobiliza para a mudança de consciência do homem branco.
Entende-se que a história do Brasil e a história da África estão intimamente relacionadas, cabendo ao professor aumentar os conhecimentos dos alunos a respeito, sempre abordando assuntos que destacam a escravidão dos negros no passado e valorizando os mesmos e nunca tratar como mercadoria ou qualquer produto que se compra em qualquer lugar, pois o negro também é um ser humano igual ao homem branco e que tem sentimento e qualidades diversas.
Quando a escola tem um público grande de afrodescendente, os professores tem um nível de ensino mais baixo comparado com as escolas que o nível de cidadão branco é maior, e, com isso o ingresso ao ensino superior se torna complicado pois se o aluno não recebeu os conteúdos necessários para ingressar no ensino superior como deveria, o mesmo fica excluído da sociedade, e, isso é uma realidade nos tempos atuais

O professor não sabe como instruir os seus alunos à questão do negro porque o mesmo não teve qualquer ensinamento durante a sua graduação, quando o professor em função, faz uma Licenciatura ou uma Formação Pedagógica, ainda recebe algumas instruções a respeito do humanismo de forma a tratar todos da mesma forma.
Alguns professores por não terem conhecimento de como enfrentar o preconceito racial, ignora o assunto fechando os olhos para a realidade dos acontecimentos.
Foi criado a Lei Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 que obrigam as escolas brasileiras ensinarem a história e a cultura africana, mas existem alguns especialistas no assunto que não concordam com essa lei, pois na opinião deles aumentaria mais a discriminação, sendo que na verdade se analisar por esse parâmetro, deveria ser criado uma lei para ensinar a cultura indígena e respeitar a mesma, sendo que, na realidade os índios foram os primeiros habitantes das terras brasileiras e nem sequer é lembrado a sua cultura, antes porém quando alguém comenta sobre os costumes indígenas, é falando mal de sua cultura.
Analisando o rendimento escolar, também merece destaque a quantidade de disciplinas ensinadas nas escolas, pois ao alunos já dizem que são muitas matérias e ficam desmotivados, além do mais se inserir mais disciplinas no Currículo Escolar vai aumentar a desmotivação dos discentes e a evasão escolar.
Nos concursos públicos e vestibulares são inseridos algumas vagas para afrodescendentes e indígenas, isso é um grande sinal de discriminação das pessoas porque o correto é melhorar a qualidade do ensino infantil e fundamental de forma que todos, sem exceção ficam preparados para concorrer a uma vaga no mercado de trabalho. Com essa melhora, o governo estará mantendo a igualdade entre os povos e dando oportunidade a todos para se ingressar em uma profissão.
O professor deve ter muito cuidado no momento de dividir as atividades em grupo na sala de aula, sempre tendo em vista que o cidadão afrodescendente deve ser inserido onde tem alunos da cor branca para manter uma uniformalidade.
Muitas crianças afrodescendentes abandonam as salas de aula para ajudar a família nos trabalhos, que a maioria das vezes é trabalho duro, mas por causa de seus pais não serem reconhecidos no mercado de trabalho devido a sua cor, acaba por desenvolver trabalhos menosprezivos o que leva a criança a deixar a escola para auxiliar a família adquirir o sustento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O termo afrodescendente é um assunto muito delicado de se comentar, mas através desse trabalho houve uma compreensão e maior entendimento da discriminação da raça africana no Brasil relacionando sociedade, escola e mercado de trabalho. Na sociedade os seres afrodescendente é discriminado desde o nascimento, onde durante a formação da consciência da criança já é embutido em sua mente que o negro é um cidadão de segunda qualidade, e, com isso a criança vai crescendo com essa mentira em sua mente e futuramente acaba aceitando essa realidade brasileira que distorce tudo o que se prega nos longos discursos de reuniões de nível internacional que se fala em igualdade e direitos iguais para todos sem discriminação de cor, raça e religião. Na escola, os alunos afrodescendentes são discriminados pelos próprios colegas brancos de classe por não terem tido o conhecimento da valorização do cidadão negro, acabam rebaixando os colegas negros, e, os professores com a falta de preparo até mesmo psicológico e preparo intelectual que deveria receber durante a sua Graduação, menospreza os alunos afrodescendentes e desqualificam perante os brancos. No mercado de trabalho, o afrodescendente também é olhado com outros olhos mas não no sentido positivo e sim no lado negativo, sempre favorecendo o cidadão de cor branca, desprezando muitas vezes a qualificação profissional do cidadão negro e avaliando somente a aparência, raça e status social. Vale ressaltar que o cidadão negro é uma pessoa normal como todas as outras, independente da cor ou raça, e deve ser valorizado em sua totalidade.

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