sexta-feira, 19 de julho de 2013

Imagem do jornal "Quilombo", periódico mensal sobre "a vida, problemas e aspirações do negro", que circulou no Rio de Janeiro entre dezembro de 1948 e julho de 1950
Imagem do jornal "Quilombo", periódico mensal que circulou no Rio de Janeiro entre 1948 e 1950
 
 
Apresentação
Abdias do Nascimento e Elisa Larkin Nascimento
Lá se vão mais de sessenta anos, desde que o Teatro Experimental do Negro publicava
o jornal Quilombo. Quanta coisa mudou! Um grande e leal amigo do TEN, Nelson Rodrigues, viveu durante muito tempo o impiedoso ostracismo capaz de ocultar o inestimável valor de sua obra, hoje incontestado. E lá está ele, na primeira página do primeiro número de Quilombo, com sua frase exata, seu diagnóstico penetrante e sua habitual coragem: "É preciso uma ingenuidade perfeitamente obtusa ou uma má-fé cínica para se negar a existência do preconceito racial".
Nelson falava dos palcos, mas a observação valia para toda a vida brasileira. Por isso,
Quilombo anunciava naquele primeiro número: "Nós saímos - vigorosa e altivamente - ao encontro de todos aqueles que acreditam - com ingenuidade ou malícia - que pretendemos criar um problema no país".
Efetivamente, prevalecia na época a idéia do racismo, que não existiria no Brasil, ser um problema criado por negros racistas que teimavam em importá-lo dos Estados Unidos, formando "quistos étnicos" anti-brasileiros. O verdadeiro "problema do negro" seria apenas a barreira da pobreza.
Contrastava-se a essa poderosa ideologia a prática e o discurso do movimento negro, neste caso do Teatro Experimental do Negro, que contava com a simpatia e a adesão de muitos intelectuais e políticos brancos. Ao mesmo tempo que construía alianças de relativo peso no Brasil, cultivava relações a nível internacional com intelectuais africanos, europeus e norte-americanos. Mas seu maior compromisso, articulado naquele primeiro editorial, era com sua gente: "... a luta de Quilombo não é especificamente contra os que negam os nossos direitos, senão em especial para lembrar ou conhecer ao próprio negro os seus direitos à vida e à cultura". Uma longa experiência dessa luta levava os organizadores do TEN a renunciar à tutela paternalista, como afirma no seu primeiro editorial: "O negro rejeita a piedade e o filantropismo aviltantes e luta pelo seu direito ao Direito".
Essa busca do "direito ao Direito" se insere no contexto mais amplo daquele momento histórico. Derrotado o regime nazista, o mundo se empenhava na construção de uma legalidade baseada em direitos fundamentais, por meio da consolidação da ONU e da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O primeiro editorial de Quilombo assinala como fato principal nesse processo a condenação de todas as formas de discriminação racial. Ao anunciar os propósitos do 1º Congresso do Negro Brasileiro, afirma que a "tomada de posição" do negro brasileiro "nada mais é do que uma resposta do Brasil a um apelo do mundo que reclama a participação das minorias no grande jogo democrático da cultura".
No Brasil, o momento histórico era de consolidação do regime de direito após a derrota do Estado Novo e a Constituinte de 1946. Os objetivos do TEN se articulavam plenamente nesse sentido, buscando "... que o negro rompa o dique das resistências atuais com seu valor humano e cultural, dentro de um clima de legalidade democrática que assegura a todos os brasileiros igualdade de oportunidades e obrigações".
O apelo do princípio da democracia constituía, então, a arma mais poderosa de reivindicação social e luta política naquele momento. O lema da democracia racial se insere nesse contexto, e as lideranças do movimento negro o brandiam qual agadá de Ogum.
Mas as páginas de Quilombo, que abrigava de forma democrática uma pluralidade de perspectivas, já exibem a tensão entre o discurso de colunistas convidados que viam a democracia racial como algo que "vem se verificando entre nós desde dias remotos" e um outro discurso, crítico, de editorial de primeira página: "Democracia de cor não deve nem pode ser apenas um luxo da nossa Constituição, um slogan sem conteúdo e sem efetividade na existência cotidiana do povo brasileiro".
Essa postura crítica vai além da simples denúncia dos casos de discriminação cuja coibição aperfeiçoaria uma democracia racial tida como apenas ligeiramente desfigurada. O que diferencia a posição da liderança do TEN é a afirmação do imperativo da agência histórica do negro, que passaria "da condição de matéria-prima de estudiosos para a de modelador de sua própria conduta, do seu próprio destino".
Emerge implícita no Quilombo uma tensão permanente entre o discurso afirmativo do protagonismo do negro na articulação de seus valores e na construção de seu caminho rumo a uma possível futura democracia racial - a postura da Negritude -, e um outro, mais convencional, anunciador de uma democracia racial maculada por eventuais incidentes ou resquícios de atitudes exógenas e ultrapassadas. Ambos denunciam e combatem a discriminação racial, cumprindo um dos objetivos do jornal, mas o segundo se preocupa com o caráter separatista que vê implícito no primeiro. Gilberto Freyre, por exemplo, adverte contra qualquer tentativa de separar brancos e negros e, em matéria publicada em outro jornal, denuncia o "racismo" daqueles que "pretendem opor ao racismo de 'arianistas' o de um negro brasileiro caricaturado de norte-americano".
Essa tensão implícita encontra expressão na querela registrada em importante editorial do jornal O Globo e na resposta de Abdias do Nascimento, quando este afirma:
"Cozinhou-se, assim, uma espécie de conserva do problema do negro, sob o pré-julgamento de que ele se organizando quer se separar do branco, quer guerrear o branco, quer criar um preconceito racial inexistente entre nós". O caldo dessa conserva é a questão da agência histórica, pois o discurso conservador assume a necessidade de combater o racismo; o que não admite é a organização do próprio negro a definir os rumos de sua luta e as condições de sua inserção na sociedade - e, sobretudo, na cultura - sem se submeter à tutela paternalista do meio intelectual prevalecente.
Se não zelasse por seu exercício de agência histórica, certamente Quilombo teria se contentado em denunciar e exigir a coibição dos incidentes de discriminação racial. Não foi esse o caso. Numa época em que não existia a noção de "ação afirmativa" ou de políticas públicas especificamente voltadas ao atendimento das necessidades da população afro-descendente, Quilombo trazia uma série de demandas nesse sentido, como a de bolsas para alunos negros nas escolas secundárias e nas universidades, inclusão nas listas dos partidos políticos de número significativo de candidatos negros a cargos eletivos, a valorização e o ensino da matriz cultural de origem africana. A Convenção Nacional do Negro havia apresentado à Assembléia Nacional Constituinte de 1946 uma série de propostas que incluíam, além desses itens, a isenção de impostos para micro-empresários, negros na sua maioria.
Outro pivô da questão da agência histórica seria a tese da Negritude. Empunhando a bandeira dos valores autóctones de origem africana, o TEN continuou seu trabalho cênico, cultural e político antes e depois que a publicação de Quilombo foi suspensa por falta de recursos. Defendia e promovia a Negritude dos poetas de língua francesa como Aimé Césaire, Léon Damas e Léopold Senghor.
Além disso, construía sua versão brasileira da Negritude como cultura e identidade, inserindo-a, já naquela época, no contexto internacional da diáspora africana. Aqui cabe uma homenagem a Guerreiro Ramos, sociólogo e ativista do TEN, que desenvolvia uma rica reflexão e uma prática dinâmica ao explorar, "desde dentro", importantes aspectos psicológicos e teóricos da questão racial, tanto na sua colaboração em Quilombo como nas suas obras sociológicas.
Hoje, com o avanço das discussões sobre políticas públicas de combate às desigualdades raciais e medidas positivas voltadas às necessidades da população afro-descendente, e com a progressiva afirmação de uma identidade negra calcada em valores africanos, podemos apreciar o valor das teses expressas e defendidas no jornal Quilombo, bem como do registro histórico do movimento negro ali retratado. Somos testemunhas da freqüência com que pesquisadores e interessados nos procuram para ter acesso ao jornal como subsídio às suas investigações. A publicação desta edição fac-similar será de grande utilidade para construir o conhecimento da trajetória do movimento negro no Brasil. Por isso, felicitamos o professor Antonio Sérgio Alfredo Guimarães, cuja postura e ética de aliado do movimento não compromete sua condição de cientista, pela iniciativa de propor e concretizar esse projeto com o apoio da FUSP e da Fundação Ford.


ABDIAS NASCIMENTO, UMA BIOGRAFIA RESUMIDA.



Abdias Nascimento (também conhecido como Abdias do Nascimento) nasceu em 1914, na

cidade de Franca, Estado de São Paulo, Brasil. É economista pela Universidade do Rio de

Janeiro (1938) e fez pós-graduação no Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) (1957).


AÇÃO POLÍTICA E CULTURAL



Organizou o Congresso Afro-Campineiro em 1938 e participou do primeiro movimento brasileiro

de direitos civis, a Frente Negra Brasileira (1929-37). Fundou na Penitenciária de Carandiru o

Teatro do Sentenciado (1943) e ajudou a fundar o jornal dos prisioneiros.

Criou no Rio de Janeiro, em 1944, o Teatro Experimental do Negro. Organizou o Comitê

Democrático Afro-Brasileiro e editou o jornal

Quilombo: Vida, Problemas e Aspirações do

Negro


.

Organizou a Convenção Nacional do Negro (1945-46), que propôs à Assembléia Nacional

Constituinte a inclusão de um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como

crime de Lesa-pátria. Organizou a Conferência Nacional do Negro (Rio de Janeiro, 1949), e o

1o Congresso do Negro Brasileiro (Rio de Janeiro, 1950).

Atuou como curador fundador do projeto Museu de Arte Negra cuja exposição inaugural se

realizou no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (1968). Manteve durante décadas

contato com os movimentos de libertação africanos e com o movimento pelos direitos civis e

direitos humanos dos negros nos Estados Unidos.

Alvo da repressão policial do regime militar quando foi aos Estados Unidos em 1968, ele não

pôde retornar ao Brasil em razão das medidas autoritárias do Ato Institucional n. 5, promulgado

em dezembro daquele ano. Durante 13 anos, viveu no exílio nos Estados Unidos e na Nigéria.

Participou de inúmeros eventos internacionais e introduziu a população negra do Brasil em

várias reuniões do mundo africano: 6

o Congresso Pan-Africano (Dar-es-Salaam, 1974) e

reunião preparatória (Jamaica, 1973); Encontro sobre Alternativas do Mundo Africano / 1

o

Congresso da União de Escritores Africanos (Dacar, 1976); 2º Festival Mundial de Artes e

Culturas Negras e Africanas (Lagos, 1977); 1

o e do 2o Congressos de Cultura Negra das

Américas (Cali, Colômbia, 1977; Panamá, 1980). Neste último, foi eleito vice-presidente e

coordenador do 3

o Congresso de Cultura Negra das Américas.

Exilado, desenvolveu extensa obra artista sobre temas da cultura religiosa da diáspora africana

e da resistência do povo negro à escravidão e ao racismo.

Em 1978, volta ao Brasil e participa de atos públicos e das reuniões de fundação do Movimento

Negro Unificado contra o Racismo e a Discriminação Racial (MNU). Participa na criação do

Memorial Zumbi, organização nacional de promoção dos direitos civis e humanos da população

negra de todo o pais; é eleito seu presidente e cumpre mandato de 1989 até 1998.

Em 1981, funda o IPEAFRO – Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros. Organiza o 3

o

Congresso de Cultura Negra nas Américas (1982) e o Seminário Nacional sobre 100 Anos da

Luta de Namíbia pela Independência (1984). Cria o curso Sankofa, ministrado na Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1984-95).

Foi o primeiro Deputado Federal negro a defender a causa coletiva da população de origem

africana no parlamento brasileiro (1983-86). Atuou em Luanda como consultor da UNESCO

para o desenvolvimento das artes dramáticas e do teatro angolanos. Participou da diretoria

internacional do Festival Pan-Africano de Cultura (FESPAC) e do Memorial Gorée, sediados

em Dacar, Senegal. Participou da diretoria internacional fundadora do Instituto dos Povos

Negros, criado em 1987 por iniciativa do Governo de Burkina Faso, com apoio da UNESCO.

Em 1991, tornou-se o primeiro senador afrodescendente a dedicar seu mandato à promoção

dos direitos civis e humanos do povo negro do Brasil. O governador do Rio de Janeiro, Leonel

de Moura Brizola, o nomeou titular da nova Secretaria de Defesa e Promoção das Populações

Afro-Brasileiras (1991-1994). Assumiu em 1999 a nova Secretaria de Direitos Humanos e

Cidadania do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Participou da organização da participação brasileira na 3ª Conferência Mundial contra o

Racismo (Durban, África do Sul, 2001) e no Fórum das ONGs dessa Conferência foi um dos

palestrantes principais (Keynote Speaker).


ATUAÇÃO ACADÊMICA



Abdias Nascimento é Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York (Buffalo,

EUA), onde fundou a Cátedra de Culturas Africanas no Novo Mundo do Centro de Estudos

Porto-riquenhos, Departamento de Estudos Americanos. Foi professor visitante na Escola de

Artes Dramáticas da Universidade Yale (1969-70);

Visiting Fellow no Centro para as

Humanidades, Universidade Wesleyan (1970-71); professor visitante do Departamento de

Estudos Afro-Americanos da Universidade Temple, Filadélfia (1990-91) e professor visitante no

Departamento de Línguas e Literaturas Africanas da Universidade Obafemi Awolowo, Ilé-Ifé,

Nigéria (1976-77).


PRÊMIOS E ORDEM DO MÉRITO



Em 2001, o Centro Schomburg de Pesquisa das Culturas Negras, Biblioteca Pública Municipal

de Nova York em Harlem, entrega-lhe o Prêmio da Herança Africana Mundial. Recebe o prêmio

UNESCO na categoria “Direitos Humanos e Cultura” (2001) e o Prêmio Comemorativo da ONU

por Serviços Relevantes em Direitos Humanos (2003). No Ano Internacional de Celebração da

Luta contra a Escravidão e de sua Abolição (2004), a UNESCO cria o prêmio único Toussaint

Louverture para reconhecer dois intelectuais ativistas, Abdias Nascimento e Aimé Cesaire, que

dedicaram suas vidas à luta contra o racismo e a discriminação racial. O Conselho Nacional de

Prevenção da Discriminação, do Governo Federal do México, outorga-lhe prêmio em

reconhecimento à sua contribuição destacada à prevenção da discriminação racial na América

Latina (2008).

Em 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva condecora Abdias Nascimento com a Ordem

do Rio Branco no grau de Comendador. Em 2007, o Ministério da Cultura lhe outorga a Grã-

Cruz da Ordem do Mérito Cultural; em 2009 recebe do Ministério do Trabalho a Grã Cruz da

Ordem do Mérito do Trabalho. Todos os três são as mais altas honrarias do Governo Federal

do Brasil em suas respectivas áreas.

É Doutor Honoris Causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Universidade Federal

da Bahia; Universidade de Brasília; Universidade do Estado da Bahia; Universidade Obafemi

Awolowo, Ilé-Ifé, Nigéria.

Abdias do Nascimento é descrito como o mais completo intelectual e homem de cultura do

mundo africano do século XX.

Seu nome está indicado oficialmente para receber o Prêmio Nobel da Paz de 2010.


OBRAS PUBLICADAS SELECIONADAS

Livros



O Griot e as Muralhas


, com Éle Semog. Rio de Janeiro: Pallas, 2006.

Quilombo: Edição em fac-símile do jornal dirigido por Abdias do Nascimento.


São Paulo:

Editora 34, 2003.


O quilombismo


, 2a ed. Brasília/ Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares/ OR Produtor

Editor, 2002.

O

Brasil na Mira do Pan-Africanismo. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais/ Editora da

Universidade Federal da Bahia EDUFBA, 2002.


Orixás: os Deuses Vivos da África/ Orishas: the Living Gods of Africa in Brazil


. Rio de Janeiro/

Philadelphia: Ipeafro - Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros / Temple University

Press, 1995.


A Luta Afro-Brasileira no Senado


. Brasília: Senado Federal, 1991.

Nova Etapa de uma Antiga Luta


. Rio de Janeiro: Secretaria Extraordinária de Defesa e

Promoção das Populações Negras – SEDEPRON, 1991.


Africans in Brazil: a Pan-African Perspective


, com Elisa Larkin Nascimento. Trenton: Africa

World Press, 1991.


Brazil: Mixture or Massacre


, trad. Elisa Larkin Nascimento. Dover: The Majority Press, 1989.

Combate ao Racismo


, 6 vols. Brasília: Câmara dos Deputados, 1983-86. (Discursos e projetos

de lei.)


Povo Negro: A Sucessão e a “Nova República”


. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1985 .

Jornada Negro-Libertária


. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1984.

A Abolição em Questão


, co-autoria com José Genoíno e Ari Kffuri. Sessão Comemorativa do

96

o Aniversário da Lei Áurea (9 de maio de 1984). Brasília: Câmara dos Deputados, 1984.

Axés do Sangue e da Esperança: Orikis


. Rio de Janeiro: Achiamé e RioArte, 1983 (Poesia).

Sitiado em Lagos


. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

O Quilombismo


. Petrópolis: Vozes, 1980.

Sortilégio II: Mistério Negro de Zumbi Redivivo


. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979 (Peça

teatral).


Sortilege: Black Mystery


, trad. Peter Lownds. Chicago: Third World Press, 1978.

Mixture or Massacre


, trad. Elisa Larkin Nascimento. Búfalo: Afrodiaspora, 1979.

O Genocídio do Negro Brasileiro


. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

“Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality


, trad. Elisa Larkin Nascimento, 2a ed. Ibadan:

Sketch Publishers, 1977.


“Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality


, trad. Elisa Larkin Nascimento, 1a ed. Ile-Ife:

University of Ife, 1976.


Sortilégio (mistério negro).


Rio de Janeiro: Teatro Experimental do Negro, 1959. (Peça teatral.)

Organização de antologias, revistas, e obras coletivas



Thoth:Pensamento dos Povos Africanos e Afrodescendentes


, nos. 1-6. Brasília: Senado

Federal, 1997-98.


Afrodiaspora: Revista do Mundo Africano


, nos. 1-7. Rio de Janeiro: IPEAFRO, 1983-86.

O Negro Revoltado


, 2a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

Journal of Black Studies


, ano 11, no. 2 (dezembro de 1980) (número especial sobre o Brasil).

Memórias do Exílio


, org. em colaboração com Paulo Freire e Nelson Werneck Sodré. Lisboa:

Arcádia, 1976.


Oitenta Anos de Abolição


. Rio de Janeiro: Cadernos Brasileiros, 1968.

Teatro Experimental do Negro: Testemunhos


. Rio de Janeiro: GRD, 1966.

Dramas para Negros e Prólogo para Brancos


. Rio de Janeiro: TEN, 1961.

Relações de Raça no Brasil


. Rio de Janeiro: Quilombo, 1950.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS



01. The Harlem Art Gallery, Nova York, 1969.

02. Crypt Gallery, Columbia University, Nova York, 1969.

03. Yale University School of Art and Architecture, New Haven, 1969.

04. Malcolm X House, Wesleyan University, Middletown, CN, 1969.

05. Gallery of African Art, Washington DC, 1970.

06. Gallery Without Walls, Buffalo, NY, 1970.

07. Centro de Estudos e Pesquisas Porto-riquenhos, Universidade do Estado de Nova York,

Buffalo, 1970.

08. Departamento de Estudos Afro-Americanos, Harvard, Cambridge, MA, 1972.

09. Museu da Associação Nacional de Artistas Afro-Americanos, Boston, 1971.

10. Studio Museum in Harlem, Nova York, 1973.

11. Langston Hughes Center, Buffalo, NY, 1973.

12. Fine Arts Museum, Syracuse, NY, 1974.

13. Galeria da Universidade Howard, Washington DC, 1975.

14. Inner City Cultural Center, Los Angeles, 1975.

15. Ile-Ife Museum of Afro-American Culture, Philadelphia, 1975.

16. Galeria do Banco Nacional, São Paulo, Brasil, 1975.

17. Galeria Morada, Rio de Janeiro, Brasil, 1975.

18. Museu de Artes e Antiguidades Africanas e Afro-Americanas, Center for Positive Thought,

Buffalo, NY, 1977.

19. El Taller Boricua e Caribbean Cultural Center, Nova York, 1980.

20. Galeria Sérgio Milliet, Fundação Nacional das Artes - FUNARTE, Ministério da Cultura, Rio

de Janeiro, Brasil, 1982.

21. Palácio da Cultura (Prédio Gustavo Capanema), Ministério da Cultura, Rio de Janeiro,

Brasil, 1988.

22. Salão Negro, Congresso Nacional, Brasília, DF, 1997.

23. Galeria Debret, Paris, 1998.

24. Arquivo Nacional (antiga Casa da Moeda), Rio de Janeiro, 2004-2005.

25. Galeria Athos Bulcão, anexo ao Teatro Nacional, Brasília, DF, 2006.

26. Caixa Cultural Salvador / II Conferência Mundial dos Intelectuais Africanos e da Diáspora,

2006.

27. IV Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), Rio de Janeiro, 2007.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário