terça-feira, 23 de julho de 2013

Elementos da Cultura Valores

Elementos da Cultura/ Valores





A Cultura, tem inserida nela, elementos materiais e espirituais.
Os elementos materiais, compreendem em si as obras realizadas,por exemplo, as habitações, o vestuário, os monumentos, os alimentos,etc.
Os elementos espirituais de uma cultura, envolvem as ideias, os valores, as normas, as crenças, por exemplo, a distinção entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o belo e o feio, etc.
São essencialmente os elementos espirituais que nos leva a referir diversidade cultural, pois como sabemos o desenvolvimento técnico, cientifico, tecnológico, médico (...), já atingiu a maioria do Mundo, e em termos materiais quase todas as culturas estão em pé de igualdade, salientando-se assim as diferentes formas de agir e pensar (elementos espirituais).
No entanto, estes dois elementos não podem trabalhar separadamente, pois completam-se mutuamente.
Como já percebemos, os valores são encarados como elementos espirituais, sendo vistos como uma maneira de ser ou de agir que uma pessoa ou uma colectividade reconhecem como ideal.




A vida em sociedade, pressupõe, uma certa ordem, uma vez que é necessário satisfazer as necessidades individuais de cada individuo, sendo por isso necessário a existência dos valores culturais que orientam as condutas sociais.
Em contrapartida, a vida em grupo implica a elaboração de regras e de normas exteriores ao individuo, ou seja que lhe são impostos, para uma melhor vivência entre as pessoas.
O nosso quotidiano é seguido de acordo com valores e regras.Valores morais, étnicos, religiosos e regras de trabalho, de condução, económicos, etc.
Tanto os valores como as regras, devem ser compridos por todos os elementos de um grupo ou sociedade, pois indicam-nos o que é certo e errado, condicionando os nossos comportamentos, mas nunca esqueçendo que cada pessoa tem o direiro á sua liberdade, por isso mesmo, existindo os valores informais, onde não existe um condicionamento forte nas acções do Homem.
Outra caracteristica dos valores é a sua relatividade espacial e temporal. Os valores são sempre especificos de uma sociedade em particular, por essa mesma razão os valores não só variam de sociedade para sociedade, como dentro da mesma sociedade, entre os vários grupos que a constituem.
 
 
Cultura

Cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridas pelo homem como membro da sociedade”. Na sociologia a cultura é explicada como o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural.

Multiculturalismo é a existência de uma grande diversidade de culturas numa localidade, cidade ou país, sem que nenhuma dessas culturas predomine sobre as outras. Este fenómeno deve-se por exemplo à imigração, que leva à criação de grupos sociais distintos nos países acolhedores. O multiculturalismo acontece devido à imigração, que leva à formação de diferentes grupos sociais, que podem vir a ser marginalizados pela população do país, e que os pode levar a isolar-se, dando por isso origem ao racismo ou outras formas de recusa. A existência de seres humanos com normas e hábitos culturais diferentes no mesmo espaço pode levar as pessoas a assumirem atitudes e condutas muito variadas, nomeadamente o etnocentrismo, relativismo cultural e interculturalismo.
O multiculturalismo é alvo central de muitas guerras de culturas, de tensões sociais e de crises politicas, muitas vezes resultantes de uma percepção errada do contexto histórico-político e económico-social, mas também pode ser visto como um factor de enriquecimento e abertura de novas e diversas possibilidades de inovação.
 
 
 


Etnocentrismo Cultural


Fala-se de cultura como um saber a ser adquirido, ou como conhecimento acumulado, representa tudo aquilo que não é inato nem natural no ser humano, mas a relação que este estabelece com o que está á sua volta, como os diferentes grupos sociais.

Os grupos sociais podem apresentar certas normas e valores culturais diversificados. Na cultura rural ou na urbana, onde esta é a mais culturalmente diversificadas, a sua população é constituída por um determinado número de grupos de diferentes origens culturais, étnicas e linguísticas, como por exemplo os ciganos ou a comunidade cabo-verdiana que se diferem dos outros e muito na maneira como comem, vestem-se, e comportam-se.

Toda esta diversidade cultural conduz a atitudes de etnocentrismo cultural que se baseiam em preconceitos acerca da “superioridade” da cultura dominante uma vez que os grupos étnicos se distinguem dos outros grupos porque não partilham os mesmos valores, normas e identidades culturais.

Estas atitudes levam o indivíduo não só a sobrevalorizar a sua cultura e a considerar inferior a cultura a que pertencem outros indivíduos, mas também a conduzir a fenómenos de rejeição e conflitos aumentando os sentimentos de intolerância como o racismo e a xenofobia.

O etnocentrismo está ligado ao racismo e á xenofobia dado que ao elevarmos uma cultura em relação às outras, mesmo em pequenas expressões do quotidiano como “Trabalho como um preto!”, estamos a inferiorizar outros e a hierarquizar, a diferenciar como melhores ou piores culturas diferentes da nossa, portanto a fazer uma espécie de racismo já que ao considerar-mos a nossa cultura como melhor considera-mos os outros abaixo dela e consequentemente desprezamos e humilhamos as diferenças culturais.

O etnocentrismo cultural de facto é um conceito universal, sendo que este problema não é exclusivo de uma determinada época nem de uma única sociedade.
 
 




 
O racismo, o sexismo e o etnocentrismo são os principais fatores de desigualdades que afetam milhões de mulheres negras em todo o país. A perversa combinação produz acessos diferenciados entre as mulheres em geral, aprofundando as desigualdades de gênero, raça e etnia na sociedade brasileira.
As estatísticas demonstram que mulheres negras e indígenas são maioria nas
áreas de extrema pobreza no país e apresentam as piores condições de vida. Sob o impacto da negação cultural, enfrentam os danos emocionais gerados pela violenta discriminação cotidiana de gênero, raça e etnia na sociedade, incluindo a violência doméstica. Além disso, vivem com os piores salários, seja qual for a sua ocupação no mercado de trabalho, e estão na base da subrepresentação feminina na mídia e nos espaços de poder.
O acesso desigual à saúde, por exemplo, vem produzindo um quadro de
adoecimento e morte das populações negras e indígenas, onde as mulheres são as mais afetadas em todas as situações.
 
Para que possamos desempenhar melhor nosso papel de educadores não só na área de Educação Física mais em todas as áreas do ensino, temos que ter uma melhor compreensão de alguns conceitos muito marcantes em nossa sociedade, desta forma devemos fazer uma abordagem antropológica dos conceitos de: diversidade, desigualdade, etnocentrismo e alteridade.
Assim sendo, ao longo da história, na qual a colonização se fez presente, a escravidão, o autoritarismo e a recusa pelo negro como pessoa biologicamente e culturalmente de igual importância na sociedade, contribuíram para o sentido de inferioridade do negro brasileiro e a ideologia degenerativa do mestiço; Foram os mecanismos de dominação ideológica mais popular já produzido no Mundo sendo um exemplo claro dos conceitos do Etnocentrismo na história e que permanecem ainda no imaginário social dos tempos atuais, o que dificulta a ascensão social do negro, pois este é visto como indolente e incapaz intelectualmente.
No Brasil existe o “mito da democracia social” que tem como objetivo propagar que não existem diferenças raciais no País e que todos aqui vivem de forma harmoniosa, sem conflitos. E que existe a igualdade de oportunidades para brancos, negros, mestiços, pobres e ricos. A disseminação deste mito permitiu esconder as desigualdades que é constatada nas práticas discriminatórias de acesso ao emprego, dificuldade de crescimento social da população negra e já nessa fase, também as camadas mais pobres que ocupam os piores lugares na estrutura social, que freqüenta as piores escolas e que recebem remuneração inferior a dos Branco e ricos, pelo mesmo trabalho e tendo a mesma qualificação profissional.
No nosso cotidiano escolar traz vários exemplos do mito da democracia social. O aspecto da cultura da classe dominante que a escola transmite, pois reflete as classes privilegiadas e não a totalidade da população, embora haja, contudo no interior da escola e que possibilitam confrontar essa cultura hegemônica, desprezada pela diversidades culturais trazidas pelo diversos alunos, assim apesar da escola inculcar, introduzir o saber dominante, essa educação social diversificada poderia ser mais evidente a cultura popular.
Nós como educadores devemos ter uma proposta educacional voltada par a diversidade, junto às variações de culturas; Colocando todos nós educadores (de que área que seja), um desafio de esta atentos às diferenças econômica (desigualdade social), etnologia racial e de buscar o domínio de um saber crítico que permita interpretar essa alteridade – mudanças de culturas sem nenhum preconceito.
Nós como educadores, temos a obrigação não só de conhecer os mecanismos e os conceitos da dominação cultural, econômica, social e política; Ampliando os nosso conhecimentos antropológicos, mais também de perceber as diferenças etno culturais sobre essa realidade cruel e desumana.
A educação escolar é um espaço privilegiado para crianças, jovens e das camadas populares terem acesso ao conhecimento cientifico e cultural em geral. Do qual a população pobre e negra é excluída por estarem num meio social desfavorecido.
A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural e também local mais discriminador. Tanto assim que existem escolas para ricos e pobres, de boa e má qualidade, respectivamente. Por isso, trabalhar as diferenças é um desafio para o professor. Por ele ser mediador do conhecimento.
A escola em que ele foi formado e na qual ele trabalha é reprodutora do conhecimento da classe dominante, classe esta que determina as regras e determina o que deve ser transmitido aos alunos. Mas se o professor for detentor de um saber critico, poderá questionar esses valores e saberá utilizar desse conhecimento o que ele tem de valor, respeitando as desigualdades, as alteridades e as diversidades.





















































 
 
 




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