quarta-feira, 17 de julho de 2013

OS ITANS

Itans

O Candomblé. Cultura digna. Digna de um povo. Digna de uma fé. Cultura que traz a história de cada um através dos Ifás, através dos Caoris, através da metodologia adivinhatória variada, mas que com certeza buscam os caminhos, os horizontes e buscam principalmente enaltecer, enriquecer a vida de cada um, porque com o candomblé, foi inventado os itans, as histórias de cada orixá, histórias variadas, mas que na realidade são sinônimos de problemas que anos e anos vem acontecendo na vida de cada um, vem acontecendo na vida de cada ser humano, histórias que apesar de pertencer a Orixás, pertencem também aos caminhos de cada um de nós, com seus exemplos, ensinamentos e principalmente trazendo soluções para que sejam solucionados os problemas individuais ou até mesmo coletivos de cada pessoa, de cada grupo que procuram fazer parte da formação da estrutura básica de uma religião chamada Candomblé.

Conta-se que todo esse saber foi dado a um adivinho de nome Orumilá, também chamado Ifá, que o transmitiu aos seus seguidores, aos sacerdotes do oráculo de Ifá que são chamados Babalaôs ou os pais de santo do segredo. Durante a iniciação que é submetido para exercício da atividade oracular, o Babalaô aprende essas histórias primordiais que relatam fatos do passado que se repetem a cada dia dos homens e mulheres.

Para Os Iorubás antigos, nada é novidade. Tudo o que acontece hoje, já teria acontecido antes. Identificar no passado mítico o acontecimento que ocorre no presente é a chave da decifração oracular. Os mitos dessa tradição oral estão organizados em vários capítulos, vários itans organizados na mente de cada sacerdote, cada um subdivididos em partes, tudo paciente e meticulosamente decorado na memória do zelador, é que vem a experiência, é que vem a resposta.

Acredita-se, que nos caminhos dos itans, o zelador, o Babalaô, o conselheiro que seja, busca um exemplo do passado nas estórias do passado, estórias que com certeza remetem ao presente e sucessivamente ao futuro:

Se Obá cortou uma orelha por amor a Xangô, uma mulher corta os pulsos por amor a um homem.

Se Ogum decepou cabeças pelo silêncio e pela falta de respostas, muitos massacres podem acontecer muitas vezes por povos, por líderes de estado defendendo um ideal, um objetivo, defendendo principalmente uma posição.

Se Xangô, segundo os itans, abriu um buraco na terra e entrou por ele adentro, reis, rainhas, presidentes, renunciam, suicidam-se, são com certeza banido às vezes do seu poder.

Se Oyá experimentou através da curiosidade a força do fogo, quantas pessoas também pela força da curiosidade acabam morrendo queimadas e assim os itans revelam o cansaço das estórias de oxalá, revelam também os truques, a malícia, a irreverência nos itans de Exú, nos itans de Bara e que com certeza formam os itans da nossa cultura, as estórias que montam o caminho, que montam o convívio de cada sacerdote, que montam a verdade de cada um.

Muitas vezes, uma estória simples, uma estória comum, uma estória básica, se encontra a solução para livrar um cliente, livrar um filho de santo, livrar até futuros problemas que um filho de santo, que um cliente possa vir a ter no futuro, daí a demarcação dos ebós, onde se tira os ebós de caminho, os ebós de Odu, trata-se também com certeza, explicando para cada caminho que se é dado a um filho de santo, porque nos itans, nas estórias que são reveladas através do conhecimento da evolução espiritual de cada sacerdote, extrai-se também a solução para o futuro onde muitas vezes convivemos com a ganância, convivemos com a inveja, convivemos de várias formas diferentes com situações diferentes que levam um filho, um cliente, muitas vezes ao pantanal da tragédia, muitas vezes levam ao caminho da perda, ao caminho da discórdia, da desavença, da separação.

Mas nada que se fale nada que se pregue nada que se professe nos caminhos dos Orixás através dos itans, não quer dizer, que seja novo, não quer dizer que seja novidade para cada um, pelo contrário, para os Orixás tudo é antigo, tudo já foi feito, tudo já foi visto, cabendo a cada um, cabendo a cada sacerdote buscar nos itans o caminho certo, buscar nos itans a esperança, a explicação, o exemplo que cada Orixá, que cada um itan revelou para a cultura, para a mente, e através dessa estória, da cultura, das lendas que muitas vezes são ignoradas por muitos, que muitas vezes são vítimas de chacotas até por muitos, mas delas são extraídas a solução para todos que com certeza buscam a prosperidade, buscam o caminho da felicidade através de nossos orixás e com certeza sem os itans, sem a verdade não seria possível descobrir como foi descoberta a inveja e foi detectado também o meio de acabar com ela, como também foi descoberta a ganância, até mesmo o castigo que nós buscamos nos caminhos de queimação, nos caminhos de ebós, do troco, da resposta. Dos itans que revelam a ambição que cobra de cada um o preço mais alto possível quando se deve aos Orixás.

A partir da próxima edição, estarei colocando vários exemplos de itans e seus significados na vida atual.

 

Sexta-Feira da Paixão e o Candomblé




O ritual da "cura" na sexta-feira da Paixão dentro da casa de Candomblé.




O Ritual da Cura ou Fechamento de Corpo praticado em muitos candomblés na Sexta Feira da Paixão, que é uma data que os católicos dedicam à memória da crucificação de Jesus Cristo, tem origem nas mais antigas práticas bantos de calundus (formações religiosas anteriores à formação do candomblé modelado pelo Ketu na Bahia).

Algumas tradições Jeje Mahi, formações de candomblés Nagô Vodum, e Jeje Nagô principalmente, absorveram, em sua formação, do elemento banto presente no Recôncavo Baiano, tal tradição, umas casas como as de Candomblé de Angola realizam na Sexta Feira da Paixão e outras tradições segmentadas e formações não propriamente no dia santificado dos católicos, mas em etapa anterior ao sacrifício do bicho de 4 patas do rito de iniciação.

A “cura” é uma denominação para a “cruza ou cruz”, sinal recebido dos mercadores e traficantes de escravos para marcá-lo e distingui-lo dentro de um grande número de indivíduos, principalmente assim agiam os mercadores e traficantes espanhóis, portugueses e brasileiros (muitos referidos ao longo da História como sendo portugueses). Tal símbolo era marcado nos braços, peito, costas dos escravos de forma a marcá-lo com sendo já batizados e, portanto que já haviam recebido o nome pelo qual deviam ser conhecidos doravante, só então depois eram conduzidos ao Brasil em navios negreiros. Tal flagelo atendia a grandes encomendas de escravos principalmente para o árduo trabalho da lavoura no Ciclo da Cana de Açúcar.

Em fongbè (Língua Fon) a cruz é denominada kluzú (pronunciando-se curuzú, que dá nome a uma localidade em Salvador, Bahia). Para o indivíduo banto de forma geral e principalmente no Brasil ficou entendida como “cura”. Também no Brasil muitos índios entenderam o símbolo da cruz como curuçá ou cruçá a partir dos Jesuítas, passando assim a denominá-la.

O segredo do Fechamento de Corpo no Ritual da Cura está no que lhe é passado depois da marcação do sinal e o que é rezado naquele momento, diferindo os ingredientes passados e ingeridos e as rezas de acordo com o candomblé.

 

Por que o Orixá Dança?



São os atabaques, que juntamente com as cantigas entoadas que trazem os Orixás do Orum para o Ayê. São conhecidos como Run (atabaque maior), Rumpi e Le (atabaque menor) e devem ser tocados apenas por Ogãns, sendo então um instrumento sagrado essencial dentro de qualquer casa de santo.

Sob o ritmo do Alujá, o grande rei Xangô mostra seu poder sobre os trovões, no Ijexá, Oxum, soberana, admira-se em seu espelho, Iemanjá, sempre majestosa, se banha em suas águas. Ogum, ao som do Adarrum, é o grande guerreiro que desbrava os caminhos, no ritmo do Aguere, Oxóssi, grande rei da fartura, caça o alimento de seus filhos, Iansã, destemida e leve como os ventos, recolhe e espalha as más energias. Oxalá, ao som do Igbi, traz toda a paz e tranquilidade de um grande Pai, enfim, os Orixás chegam do Orun (céu) para confraternizar com seus filhos do Ayê (terra), em uma harmoniosa troca de energia e axé.

Temos ainda dois momentos em uma cerimônia de Candomblé, o Xirê, onde se canta para todos os Orixás um mínimo de três cantigas, acompanhadas pelas danças, onde em uma grande roda, todos os filhos louvam cada Orixá, imitando seus gestos em uma grande roda que é dançada em sentido anti-horário simbolizando assim a nossa volta ao passado, a volta a nossa ancestralidade. Em um segundo momento, com a chegada dos Orixás, estes são devidamente trajados e recebem suas ferramentas para suas Cantigas de Run, onde é o Orixá que desenvolve a coreografia sagrada.


Mas afinal, por que o Orixá dança?



Quando falamos em Candomblé, falamos de uma religião brasileira que foi e ainda é passada de maneira oral, por isso, através da dança, o Orixá conta ao público a sua história mitológica, seus feitos, suas batalhas, redistribuindo a energia vital, axé e trazendo o sagrado de volta ao mundo cotidiano. Nossos deuses dançam entre nós, não se importam se somos ricos ou pobres, brancos ou negros ou ainda se gostamos de rosa ou azul, estão sempre lá, a nossa espera, emanando sua força e transmitindo axé a todos que a eles recorrem. No Candomblé, assim como na Umbanda, todos são irmãos, uma grande família, somos felizes, expressamos nossa alegria cantando e dançando para nossos Orixás que sempre estarão dispostos a nos acolher, por isso dançamos sempre com um lindo sorriso no rosto, pois a fé quando transborda vira gotas de alegria!
 

Ser do Santo



Muitas são as pessoas que se dizem do santo.

Anunciam aos quatro ventos que são raspados, que fazem parte desse maravilhoso Universo chamado Orixá.]

Outros propagam que são Sacerdotes e Sacerdotisas de nossa Religião.

Mas, a verdade, é que de inúmeras pessoas que se iniciam em nossos preceitos, muitos poucos podem se considerar verdadeiramente parte do Mundo do Santo.

Isso porque sermos parte deste Universo não é fácil, pois, implica em uma série de fatores que em sua grande maioria as pessoas não estão preparadas para encarar e uma delas é o afastamento da vida mundana.

Um verdadeiro filho de santo, não tem vida social. Por maior que seja o evento que pretende participar, sempre terá que abrir mão do mesmo para se dedicar aos assuntos do Orixá, pois como seres que governam a natureza, não compactuam com atos como: bebida, sexo e outros.

Sempre que uma “roça” entra em função, é de suma importância que seus filhos, ali estejam presentes de corpo e mente limpos para que possam dar sua contribuição nos afazeres que aquele Orixá solicita para que possa assim a pessoa que está passando pelo processo e até mesmo os que ajuda, receber as dádivas daquela entidade.

O mesmo ocorre e de forma muito mais rigorosa com os sacerdotes e demais pessoas que possuam cargo de alta hierarquia dentro de uma“roça” de Candomblé.

Como sacerdotes, não temos direito a festas, sexo, bebidas e muitos outros prazeres da vida com abundância, pois que nunca sabemos quando seremos chamados para praticarmos nosso sacerdócio. É uma missão árdua e em sua grande maioria as pessoas fracassam.

Para que possamos nos dedicar literalmente ao sacerdócio temos sim, que estar prontos para abrir mão de muita coisa em nossa vida.

Quantas vezes somos chamados, por exemplo, em plena comemoração do ano novo para intercedermos na vida de alguém?

Quantas vezes estamos nos preparando para uma festa, um jantar e nosso telefone toca, e um consulente nos requisita para algo?

E, nos negarmos a atender é sermos negligentes com nosso Santo.

Temos que estar prontos sempre, não importa a hora, o dia ou mesmo o momento.

E se formos conclamados a parar um ato por mais prazeroso que seja, temos a obrigação de atender, pois assim desejou nosso Orixá.

Como pode, por exemplo, um médico, se negar a atender um paciente seu que sofre um acidente e está muito mal em um hospital? Como pode um obstetra se negar a atender uma parturiente na sua hora?

O mesmo acontece conosco!

Ser do Santo, não é somente sair por aí propagando aos quatro ventos que somos. Mas sim, ter uma vida de reclusão em sua grande maioria. Uma vida de sacrifícios, de doação onde muito pouco recebemos.

É preciso termos em nossa consciência de que, nada podemos fazer esperando receber em troca.

Nosso Pai ou Mãe saberá nos compensar se assim formos merecedores. O mesmo ocorre com um ogã, uma ekédi.

É de suma importância que estejam prontos sempre, para abrir mão de sua vida particular em benefício dos assuntos do Santo.

Muitos poucos batem no peito e se dizem ogã, mas pouquíssimos são os que realmente fazem jus ao cargo que receberam, porque preferem a vida do mundo do que se recolherem em clausura, em benefício de outro quando são solicitados pelos Orixás.

As pessoas precisam entender de que se, receberam um cargo, é porque aquele orixá confiou nele para os momentos em que mais precisasse. E esses momentos são justamente as funções que existe em um Templo, pois como pode um zelador sozinho se dedicar a tanta coisa?

Ser do Santo, não é festa, mas sim, uma vida de dedicação e submissão.
 

 

Orixá Xangô



Xangô é um dos Orixás mais populares no Brasil e zela pela justiça e pelo fogo. Também é charmoso, sensual e gosta de fazer tudo com muito prazer. Por isso, teve três esposas: Iansã, Oxum e Obá. Sentimento de derrota é uma coisa que não existe em sua personalidade. Apesar de ser famoso por sua ação repressiva e autoritária, consegue distinguir entre o bem e o mal.
O raio é sua arma, que envia como castigo a quem age de maneira contrária a seus princípios de justiça. Os filhos de Xangô são justos e odeiam a mentira e a falsidade. São muito sociáveis e costumam deixar as pessoas admiradas por sua maneira extrovertida de conversadora. Há quem os odeie por dizerem tudo o que pensam. No amor, não há problemas para conquistar, mas podem ser um pouco infiéis.

CONHECENDO MAIS DE XANGÔ



Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Alafin Oyo, Rei ( Senhor do Palácio) de Oyo. Era filho de Oranmiyan e de Torossí, esta filha de Elempe, rei dos Tapa, que tinha firmado uma aliança com Oranmiyan. Xangô cresceu no país de sua mãe indo se instalar, mais tarde, em Kosô, onde os habitantes não o aceitaram por causa de seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu, finalmente , impor-se pela força. Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyo, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kosô. Conservou, assim, seu título de Oba Kosô que, com o passar do tempo, veio a fazer parte de seus Orikis (louvores).

Dadá-Ajaká, irmão consangüíneo de Xangô, filho mais velho de Oranmyian, reinava em Oyo por essa época. Seu caráter era calmo e desprovido da energia necessária a um verdadeiro chefe. Xangô o destronou e Dadá-Ajaká exilou-se em Igboho, durante os sete anos de reinado de seu meio-irmão. Teve que se contentar, então, em usar uma coroa feita de cauris, chamada Adé de Bayani. Depois que Xangô deixou Oyo, Dadá-Ajaká voltou a reinar. Em contraste com a primeira vez, ele mostrou-se, agora, valente e guerreiro e, voltando-se contra os parentes da família materna de Xangô, atacou os Tapa, sem grande sucesso.

Xangô, sob seu aspecto divino, é filho de Oranmyian, tendo Yamassé como mãe e sendo marido de três divindades: Oyá, Oxun e Oba, que se tornaram rios no país Yorubá.

Xangô é viril e potente, violento e justiceiro, castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por este motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Xangô. O proprietário deve pagar pesadas multas ao sacerdotes do Orixá que vêm procurar, nos escombros, os Edun Ará ( pedras de raio) lançados por Xangô e profundamente enterradas no local onde o solo foi atingido.

Este Edun Ará (na realidade machados neolíticos ) são colocados sobre um pilão de madeira esculpido, odô, consagrado a Xangô. Tais pedras são consideradas emanações de Xangô e contém o seu Axé - o seu poder. O sangue dos animais sacrificados é derramado, em parte, sobre suas pedras de raio para manter-lhe a força e a potência. O carneiro, cuja chifrada tem a rapidez do raio, é o animal cujo o sacrifício mais lhe convêm. Fazem-lhe, também, oferecimentos de Amalá, iguaria preparada, com farinha de inhame regada com um molho feito com quiabos. É no entanto, formalmente proibido oferecer-lhe feijões brancos da espécie Sesé. Todas as pessoas que lhe são consagradas estão sujeita à mesma proibição.

O emblema de Xangô é o duplo machado estilizado, Oxé, que os seus iniciados trazem na mão, quando em transe.
O chocalho, chamado Xeré, feito de uma cabeça alongada, contendo pequenos grãos, é sacudido em honra a Xangô. Convenientemente agitada, quando são anunciados os seus louvores, este instrumento imita o barulho da chuva.


As saudações, Oriki, que seus fiéis lhe dirigem não deixam de ter certa graça e mostram a sua forte personalidade:

Ele ri quando vai à casa de Oxun.
Ele fica bastante tempo em casa de Oyá.
Ele usa um grande pano vermelho.
Elefante que anda com dignidade.
Meu senhor, que cozinha o inhame com o ar que escapa de suas narinas.
Meu senhor, que mata seis pessoas com uma só pedra de raio.
Se franze o nariz, o mentiroso tem medo e foge.


Xangô foi sincretizado com São Jerônimo, no Brasil.
Na Bahia, quando uma festa é celebrada em honra de Dadá, irmão mais velho de Xangô, a cerimônia parece conter reminiscências de fatos antigos, sem que os participantes saibam, muitas vezes as histórias dos Yorubás. O Iaô de Dadá vem dançar frente a assistência, tendo na cabeça uma coroa, o Adê de Bayani. Logo depois, Xangô montado sobre um (ou uma) de seus iniciados, toma a coroa, colocando-a sobre sua própria cabeça. Após ter dançado assim adornado por um certo tempo, a coroa é restituída a Dadá.
Este elemento do ritual parece ser uma reconstituição do destronamento de Dadá-Ajaká por Xangô, e sua volta ao poder sete anos mais tarde.


Algumas Qualidades do Orixá Xangô



AGANJÚ - Quer dizer terra firme. Tem perna de pau e é casado com YEMONJA. É o filho mais novo de ORANNIAN e o preferido, herdou sua fortuna. É o mais cruel é aquêle que leva o coração do inimigo na lança. É o SÀNGÓ amaldiçoado que matou e comeu a própria mãe.

Na verdade foi o 6º Alafin de Oyo que viveu em 1.240 A.C., aproximadamente. Era sobrinho neto de XANGO.


BARU - Pega tempo e come com ÈSÙ. Dependendo da época este Òrìsá ora é BARU ora é ÌRÓKÒ. Tem caminhos com OYA YÀTOPÈ . Não come quiabo nem amalá, come amendoim cozido e padê. Na África ele é chamado de maluco, pois durante seu reinado fez muita besteira, motivo pelo qual os africanos não o raspam nem assentam. Não fazia prisioneiros, matava todos. Veste-se de marrom e branco e suas contas são iguais a roupa. Toca-se para ÈSÙ e SÀNGÓ. BARU era muito destemido, mas quando comia quiabo, que ele gostava muito, dormia o tempo todo e por isto perdeu muitas contendas, pois, quando acordava seus adversários já tinham voltado da guerra. Ele ficava indignado. Então resolveu consultar um OLUÓ que lhe disse : Se é assim, deixe de comer quiabo - BARU perguntou : me diz o que comerei no lugar do quiabo... Só folhas... Só folhas ? perguntou BARU - Sim, respondeu o OLUÓ, tem duas qualidades , uma se chama oió e a outra xaná, são boas e gostosas como o quiabo. E BARU falou : - A partir de hoje, eu não comerei mais quiabo.

BADÈ - É o mais jovem VODUM da família do raio ( cujo chefe é KEVIOSSO ), corresponde ao SÀNGÓ jovem dos NAGO. É irmão de LOKO. Usa roupa azul com faixa atada atras. Não fuma, não bebe nem fala. Um de seus animais prediletos é o chicharro.


OBAKOSSO - Perdeu os poderes mágicos de transportar-se da terra para o céu, enforcando-se num pé de OBI. Tem fundamentos com ÈSÙ, ÉGÚN e OYA, devido a sua morte.


AGODO - Muito ruim, brutal, inclinado a dar ordens e ser obedecido, foi ele quem raptou OBÁ. Come com YEMONJA.

AFONJÀ - É o dono do talismã mágico dado por OYA a mando de OBÀTÁLÁ. É aquêle que fulmina seus inimigos com o raio. Come com YEMONJA, sua mãe.


ALAFIN - É o dono do palácio real, o governante de OYO. Vem numa parte de ÒÒSÀÀLÀ e caminha com OSOGUIAN.


OBÀ OLUBÈ - É muito orgulhoso, intratável e muito bruto. Come com OYA.


LO ROQUE - Seria o pai de ÒSUN OPARÀ. Tem fundamento com ÒSÓÒSÌ. Veste vermelho e branco ou marrom e branco.


ALUFAN - É idêntico a um AYRÀ. Confundem ele com OSÀLÚFÓN. Veste branco e suas ferramentas são prateadas.

 

Orixás: Deuses africanos



Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá os aproximam dos seres humanos, pois eles se manifestam através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada Orixá tem ainda seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravidão, cada Orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.


Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos - água, terra, fogo e ar.


Alguns estudiosos ainda vão mais longe e afirmam que são 400 o número de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra, 100 do Ar e 100 da Água, enquanto que, na Astrologia, são 3 do Fogo, 3 da Terra, 3 do Ar e 3 da Água. Porém os tipos mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Eles também estão associados à corrente energética de alguma força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias.


Na Umbanda e no Candomblé se cultuam muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxóssi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer nossos caprichos, nossos amores, nossos desejos. É muito comum, alguns dizerem que suas personalidades são consequências dos Orixás que regem suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.


Apresentamos à seguir as descrições dos 16 Orixás mais cultuados no Brasil.


Lembramos que existem diversas correntes no Candomblé e na Umbanda, por essa razão as informações poderão ser diferentes de acordo com a tradição ou região.


O PANTEÃO DOS ORIXÁS AFRO-BRASILEIROS


EXU - Senhor dos caminhos, Orixá mensageiro e vencedor de demandas. Por estar mais próximo da realidade humana é considerado o Orixá das causas materiais. Veste-se de vermelho e preto e seu elemento é o fogo. Seu dia é a Segunda-feira e sua saudação é "Laroiê !". Seus filhos são pessoas críticas e originais, não ligam para opiniões alheias. Adeptos da lei do menor esforço, preferem concentrar suas energias no lazer. De hábitos noturnos, tendem a ser egoístas e tornam-se tristes quando não se encaixam em determinados ambientes.


 

OGUM - é o Orixá guerreiro. Deus do ferro e da guerra. Seu domínio são as retas dos caminhos, as lutas e o trabalho. Veste-se de azul escuro, verde ou vermelho. Traz sempre sua espada pronta para o ataque. Seu dia é terça-feira e sua saudação é "Ogunhê !" Seus filhos, são pessoas com um apurado senso de honra e incapazes de perdoar uma ofensa. São fisicamente muito resistentes, curiosos por natureza, possuem muita capacidade de concentração e perseguem seus objetivos com determinação.


 

OXÓSSI - Orixá caçador, protetor das matas, dos animais da floresta e dos caçadores. Veste-se de verde, azul turquesa e vermelho. Traz sempre o seu Ofá (arco e flecha). Seu dia é a Quinta-feira e sua saudação é "Okê Arô Oxóssi !" Seus filhos, são pessoas muito exigentes no cumprimento das obrigações, de atitudes firmes e até um pouco duras. Não têm "papas na língua" e costumam falar tudo o que pensam. Dão muito valor aos acordos e não faltam com sua palavra. Com tendência à timidez, não gostam de demonstrar suas emoções.


 

OSSAIM - Orixá das ervas medicinais e das plantas em geral, presentes em todos os rituais de iniciação no Candomblé. É representado por um pássaro pousado num ramo e seu domínio é a mata virgem. Veste-se de verde e rosa. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é "Ewé ô - Ewe assá !". Seus filhos, são pessoas com forte tendência à religiosidade, tolerantes e de bom coração. De personalidade instável, costumam controlar seus sentimentos e emoções. Valorizam a liberdade e não se apegam aos bens materiais.


 

OBALUAIÊ - (ou OMOLU). O deus das pestes e das doenças de pele. Por ser o deus da peste conhece a cura de todos os males. Veste-se de branco e preto e usa um capuz de palha-da-costa que encobre todo o corpo. Dança com o Xaxará. Seu dia é segunda-feira e sua saudação é "Atotô !" Seus filhos, são pessoas que se preocupam demais com os outros, esquecendo de seus próprios interesses. Podem até ter uma boa situação financeira, porém não se apegam aos bens materiais. São inquietos e não apreciam a monotonia.


 

OXUMARÊ - Orixá da sorte, fartura e fertilidade. Protetor das mulheres grávidas. Seu domínio são os poços e fontes da mata. Veste-se de verde e amarelo ou com as sete cores do arco-íris e é representado por uma serpente. Seu dia é Terça-feira e sua saudação é "Àrobô bô yi !". Seus filhos são pessoas orgulhosas e exibicionistas. Periodicamente mudam tudo em sua vida: casa, emprego, amigos, sempre buscando novidades. Costumam desenvolver o dom da vidência e possuem intuição aguçada, que normalmente lhes revelam os melhores caminhos.


 

EWÁ - Orixá das chuvas, rainha dos mistérios e da magia, jovem virgem que recebeu de Orunmilá o poder de ler os Búzios (o Oráculo de Ifá). Comanda os astros e está ligada às mudanças e transformações das águas. Veste-se de vermelho e branco. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Ri-rò!". Seus filhos são pessoas extremamente metódicas e racionais. Costumam traçar metas para tudo. Conservadoras, acabam sofrendo com o excesso de rotina que conseguem estabelecer em suas vidas.


 

XANGÔ - O Orixá da justiça, do trovão e da pedreira. Veste-se de vermelho e branco. Usa uma coroa, e traz o Oxé (machado duplo) e o Xerê (instrumento musical) Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Kawó-Kabyesilé!". Seus filhos são pessoas fisicamente fortes, atrevidos e prepotentes. Com um senso de justiça muito próprio, não suportam desaforos. As vezes agem como se fossem os donos da verdade. Porém, quando a situação complica, sempre buscam um meio termo, para não sair perdendo.

OXUM - é a rainha dos rios e das cachoeiras (todas as águas doces), do ouro e do amor. Veste-se de amarelo, dourado, azul claro e rosa. Traz em suas mãos o Abebê (espelho-leque) e uma espada se for guerreira. É a segunda esposa de Xangô. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Ora Ieiê Ô !". Seus filhos são pessoas graciosas e elegantes, adoram jóias, perfumes e roupas caras. Voluptuosas, sensuais, esbanjam charme e beleza. Possuidoras de muita força de vontade e um grande desejo de ascensão social.


 

IANSÃ - É a deusa guerreira, senhora dos ventos, das tempestades e dona dos raios. É a dona dos eguns, por isso seus filhos são os mais indicados para a entrega de ebós. É a mulher principal de Xangô. Veste-se de vermelho, marrom escuro, e branco. Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Eparrei Oiá !". Seus filhos, são pessoas alegres, audaciosas, intrigantes, autoritárias e sensuais. Adoram usar jóias e bijuterias. Extrovertidas, francas e amantes da natureza. Ambiciosas e de temperamento forte. São guerreiras e comunicativas.


 

LOGUN-EDÉ - Filho de Oxum com Oxóssi. Seus domínios são os leitos de rios e mares. Veste-se com uma pele de leopardo, leva em uma mão o espelho de Oxum e na outra as armas de Oxóssi. Suas cores são amarelo e azul. É representado por um pavão ou um papagaio. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é "Olu A Ô Ioriki !". Seus filhos são pessoas bonitas, atraentes e sedutoras. Carinhosos, amorosos e sensuais. Orgulhosos e vaidosos. Inconstantes, indecisos, frios e calculistas. Reservados e um tanto calados. Ciumentos, solitários e discretos.

OBÁ - Uma das esposas de Xangô, Orixá do equilíbrio e da justiça. Seu domínio são as águas revoltas. Veste-se de laranja e amarelo, portando espada e protegendo a orelha com um escudo. Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Obá xirê !". Os filhos de Obá são pessoas pouco atraentes, desajeitadas e de temperamento forte. Agressivas e objetivas. Aparentam ser mais velhas do que realmente são. Costumam ser bem sucedidas nos negócios e gostam de acumular bens.



IEMANJÁ - Orixá da harmonia em família, é considerada a Rainha dos mares e a mãe dos Orixás. Veste-se de azul e branco ou verde claro, portando seu Abebê (espelho-leque)decorado com uma sereia ou uma concha. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Odô iyá !" Seus filhos, são autoritários, persistentes, preocupados, responsáveis e decididos. Amigos, protetores, faladores e não suportam a solidão. As mulheres, se comportam como super mães. Quando a segurança dos filhos e da família está em jogo, são agressivos e até traiçoeiros.


 

NANÃ - É o Orixá feminino mais velho do Panteão. É a mãe de Oxumarê e Obaluaiê. Em sua mão traz seu cetro o Ibiri. Veste-se de lilás, branco e azul. É a protetora dos doentes desenganados. Seu dia é Terça-feira e sua saudação é "Salubá !" Seus filhos são conservadores e apegados às convenções. Calmos, mas às vezes tornam se agressivos e guerreiros. As mães, são apegadas aos filhos e muito protetoras. Ciumentas e possessivas, exigem atenção e respeito. Não costumam ser muito alegres e não gostam de brincadeiras.


 

IBEJI - Orixás Gêmeos protetores das crianças e da família. Vestem-se de azul, rosa e verde. São representados por dois bonecos gêmeos ou duas cabacinhas. Seu dia é domingo e sua saudação é "Oni Beijada!" Embora possa ocorrer, são raros os filhos de Ibeji. Essa energia infantil, geralmente se manifesta com o orixá do iniciado. Mesmo sendo adulto, quando em "estado de erê", o iniciado torna-se brincalhão, irreverente, cheio de energia e aparenta ser mais jovem. Adoram festas, música e dança.


 

OXALÁ, é considerado o Pai de todos os orixás. É o mais velho e o primeiro a ser criado. É responsável pela criação do mundo e dos seres humanos. É o Orixá dos inhames novos e da agricultura, que traz as chuvas e que fecunda os campos, Sua festa ligada ao início do ano agrícola costuma ser em agosto e setembro, e inclui a renovação da água do templo e a lavagem dos objetos de culto. Está associado à justiça e ao equilíbrio. É cultuado nas seguintes formas: Oxalufã = Oxalá Velho e Oxaguiã = Oxalá Moço.


 

OXALUFÃ é o Orixá da paz, veste-se de branco portando sempre seu opaxorô (cajado). É representado por uma pomba branca. Seu dia é Sexta-feira e sua saudação é "Eepaá babá !". Os filhos de Oxalufã (oxalá velho), em geral são pessoas calmas e dignas de confiança. Dotados de grande sabedoria, estão sempre buscando os significados de tudo o que ocorre ao seu redor. Não cansam de estudar e buscar o conhecimento. Também são teimosos orgulhosos e inteligentes e com tendência à serem preguiçosos.



  • OXAGUIÃ é um Orixá valente e guerreiro, considerado filho de Oxalufã. Também veste-se de branco, dança com muita energia carregando uma "mão de pilão". Seu dia é Sexta-feira e sua saudação é "Exê êêê !Os filhos de Oxaguiã (oxalá moço), são pessoas joviais e viris. Ativos, guerreiros, alegres e generosos. Não se deixam influenciar por opiniões alheias. São organizados e metódicos em seus ofícios e projetos. Trabalhadores incansáveis e por essa razão, suscetíveis à crises de estresse.

 

2013 - O Ano da Serpente





O Signo ou Animal no Horóscopo Chinês do ano de 2013 é A Serpente.

De acordo com a Astrologia Chinesa, 2013 será regido pela Serpente. Seu início será no dia 10 de fevereiro de 2013 e seu término será no dia 30 de janeiro de 2014.
A Serpente é considerada enigmática e, sob sua influência, o novo ano será propício para buscar o equilíbrio entre a razão e a emoção, além de ser uma fase favorável para cultivar a reflexão e a observação cuidadosa.



Ano da Serpente e de Obaluaiê


Um ano de reviravolta, ou seja, ano de mudar e planejar, ano de muito trabalho mas com exigência da sabedoria e planejamento, a Serpente para Obaluaê significa ação, imagine uma ação com marcação de todos os passos, pois a Serpente analisa cuidadosamente tudo o que irá fazer, como Obaluaê a Serpente exige que toda ação seja correta, pois cobra a perfeição, um ano sem muita mudança climática no planeta terra, o mundo sofrerá mais com ações de governantes, pois Obaluaê atinge de imediato os erros cometidos, como a presa para a Serpente, na família quando se tem o regente Obaluaiê com a Serpente devemos cuidar da saúde, o ano da Serpente será bom para casamento, para a sedução da pessoa amada, ano propício também para separação, pois Obaluaê cobra muito das pessoas para que sejam tolerantes e bons em suas atitudes, poderá haver muita discórdia familiar , será um ano de revelação inclusive espiritual para iniciar em alguma religião, um bom ano para viagens, trabalho com maior desempenho físico ou intelectual , mas sem mudanças bruscas na rotina, melhor lutar e aumentar o que se tem será prosperado, não faça aventuras, e não caminhe por locais que não conhece, os caminhos devem ser sempre conhecidos ou acompanhados, em todos sentidos, é um ano bom para o dinheiro honesto e ruim para ganhos desonestos, porque Obaluaiê cobra a conduta, e pode ter certeza que o ano de 2013, será muito ruim para as pessoas que fazem maldade, não tenha medo deste ano se você fizer o bem, agir honestamente e acreditar no amor, é o melhor ano para a caridade, pois estanca carmas de erros cometidos no passado, a cor para o ano de 2013, é Roxo, o preto e branco também é bem vindo, o número é o 5 (cinco), a planta é o milho e sua palha, os banhos com ela é bem vindo para alinhamento espiritual.
Bom para aumento dos negócios com sabedoria e honestidade; Bom para promoção profissional com lealdade ao patrão ou sócio; Muito Bom para saúde (Ruim para quem prejudica o corpo); Bom para compra de casa; Bom para viagem profissional; Bom para Casamento e Sociedade; Bom para Estudos e aprimoramentos e troca de atividade profissional.




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