O que a história não conta sobre a
escravidão
Os negros não são autóctones do
continente africano, mas de povos invasores das diversas tribos Acas,
Bacassequeres, Box imanes, Hotentotes, Cacuisses e Mucancalas que se
encontravam espalhado pelas regiões lacustres ou desérticas e que ao
emigrarem para Etiópia estabeleceram duas correntes que ao utilizarem o
istmo de Suez e o Vale do Nilo deram origem aos povos Nigricianos, e outra
que seguiu pelo estreito de Bab-al-Mandab e que ao atingirem as montanhas
ao sul do oriente da região dos Lagos acabaram formando os povos do tipo
Bandu.
No momento em que as emigrações
negras do norte da África cruzaram com a raça branca, elas formaram as
populações Hamitas que invadiram as regiões dos Lagos e obrigaram os negros
da raça Bandu e seus descendentes dos cruzamentos Bandus-Hamitas a um novo
movimento migratório que invadiu o sul da África que era ocupado pelos
aborígines Nigrilos que foram exterminados e escravizados pelos seus
invasores, e com os cruzamentos realizados entre os Bantu e a população
aborígine derivaram-se as atuais distinções etnográficas do sul da África
deu origem para formação dos impérios do Congo, dos Vatuas e dos Maluas.
E no momento em que o rei de
Portugal cujo povo irrequieto e bravo de sangue mesclado de Iberos,
Celticos e Judeus e que já haviam realizado através de seus navegadores o contorno da terra negra e batizado a sua costa, e
estudado as reentrâncias das baias, istmos e penínsulas para expandir o seu
domínio e alargar a sua civilização, e para isto o monarca ordenou que
fosse penetrado o interior do continente negro para ser desvendado os seus
segredos.
Ao regressar a Portugal, o
experimentado navegador português levou em sua armada uma numerosa
embaixada de negros da corte congolense para serem instruídos na religião
católica segundo os costumes da corte lusitana, após passar um ano na
corte, a embaixada de negros retornou as suas terras na expedição de Dom
João de Souza que tinha em sua companhia numerosos frades franciscanos,
dominicanos e evangelistas e diversos operários, comerciantes e
agricultores para iniciarem a colonização africana em Angola.
E ao chegarem em 29 de Março de
1491 sob imponentes festas com a presença do negro Caçula que havia sido
educado e preparado na rigidez dos costumes da corte lusitana, e após a
realização de uma missa campal onde o rei Manisonho que era tio do rei do
Congo, recebeu a água lustral do batismo foi organizada uma expedição para
penetrar até a embala do rei Manicongo onde a população negra não vira com
bons olhos a penetração portuguesa no coração de sua terra, e por este
motivo às numerosas tribos dos Mundequetes levantaram-se em armas ao se
rebelarem contra os portugueses e o rei Manicongo que partiu com numerosos
guerreiros e combatentes portugueses para derrotar os sublevados, e para se
tornarem o senhores absolutos de seu povo, desta maneira seguiu a posse
pacifica do reino e futuro mercador do tráfico de negros escravos para
outras terras.
Em decorrência das boas relações
comerciais entre os negros e os portugueses em toda a margem do rio Zaire,
o rei Dom Manoe lI no ano de 1513 oficializou o resgate dos negros pelos
comerciantes, e baixou um regimento a Simão da Silveira seu lugar tenente
junto ao rei Manicongo oficializando o tráfico dos negros já iniciado pelos
comerciantes do rio Zaire e adotado pelos missionários em benefícios de
suas ordens religiosas.
Com isto a caça ao negro pelo
sertão africano tornou-se desabusada, pois todo negro que caísse no laço,
era vendido aos traficantes estabelecidos em toda a costa do Congo que os
embarcavam nos navios que chegavam a África para serem vendidos nos mais
variados mercados
Com a morte dos reis Dom Manuel I
de Portugal que foi sucedido por seu filho Dom João III, e de Dom Afonso
rei do Congo que foi sucedido Dom Diogo, com isto desapareceram todos os
liames morais ainda existentes entre seus antecessores, e com isto o
trafego se tornou absolutamente franco e imoral, e por conta disto os
padres passaram a competir com os comerciantes de profissão em razão da
falta de autoridades portuguesas para exercerem a direção da administração,
e por causa do regimento emitido por Dom Manuel para Simão da Silveira os
negros através de seu rei Dom Diogo acabaram perdendo o respeito aos
portugueses e por esta razão passou a não efetuar o pagamento das mercadorias
adquiridas junto aos colonizadores portugueses e ordenou o fechamento do
mercado de escravos aos portugueses e abriu o mesmo para os negros de seu
reino.
Devido à ambição do tráfico os
portugueses sobrepujaram o tato político e substituíram a conquista pacifica
pela ocupação militar para garantir o trafico negreiro naquele sobado.
A origem da escravidão humana
perde-se no tempo e se acha oculta pela poeira dos séculos que envolvem a
própria história do homem sobre a terra, é a luz do saber humano ainda não
se projetou sobre o primeiro escravo, se foi branco ou negro, se asiático,
africano ou europeu. Todavia admite-se que tenha surgido com as primeiras
lutas e teve origem no direito da força que foi corporificando e se
espalhando entre os homens isolados, desde às famílias, às tribos e por fim
às nações e aos estados organizados.
A escravidão cresceu,
desenvolveu-se, agigantou-se e envolveu todas as grandes potências
marítimas que na época eram a França, Inglaterra, Espanha e Portugal em
razão dos lucros que o mercado de escravo oferecia, e por conseqüência a
África passou a ser o grande palco da escravidão do homem pelo homem quando
criaram hordas de penetração ao interior desconhecido para o aprisionamento
dos negros.
Com isto Portugal passou a realizar
junto aos Maometanos a troca dos negros por eles capturados em toda costa
africana por prisioneiros que os portugueses faziam nas suas conquista
pelos mares afora, com isto as Ilhas da Madeira e as Ilhas Canárias logo se
tornaram no principal foco de comércio de escravos.
Com o decorrer do tempo os
entendimentos passaram a ser realizados diretamente com os reguladores
(africanos) em suas aldeias, que após o pagamento de um tributo autorizavam
os próprios mercadores a efetuarem a caçada aos negros.
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