quarta-feira, 17 de julho de 2013

A escrava Anastácia

 


A escrava Anastácia é cultuada no Brasil como santa e heroína, considerada uma das mais importantes figuras femininas da história negra no Brasil. Sua beleza tornou-se objeto de desejo e obsessão do feitor de sua fazenda. Por nunca ter aceitado o assédio do rapaz, foi violentada e condenada a viver com uma máscara no rosto, que era retirada apenas durante as refeições, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heróica existência."



O Brasil tem a segunda maior população negra do mundo. Contudo, a presença do negro em terras brasileiras foi marcada de preconceitos e negações. No universo do Brasil Colônia, o índio acabou cedendo lugar para o negro como escravo. De acordo com o Censo de 2000, a percentegam de nagros analfabetos chega a 18,69%, enquanto a de brancos, 8,31%. Já é sem tempo de acabar definitivamente com preconceitos e valorizar a raça negra, que tanto fez pela cultura brasileira, e criar uma nova nação sem fronteiras.
Como disse muito bem o manifesto pardo-mestiço "Em nossas veias pulsa misturado, em percentuais diferentes, o sangue do índio, o sangue do negro, o sangue do branco, o sangue do amarelo". A maioria brasileira é mestiça e tem mais de 60% do gen negro. Se a genética nos revela a realidade, falta resgatar os negros excluídos da história familiar e manifestar de uma vez por todas que nossa civilização não é exclusiva do homem branco. Afinal, o mundo negro é beleza e movimento, raízes de pensamentos, poesias, amor e religiosidade.
Aquele que conseguir lançar um negro olhar sobre a indescritível beleza da cor está próximo de entender que a diferença de tom de pele não é impedimento, mas grandeza do multicultural, do multiracial, onde reside o milagre da vida.
No aspecto religioso,os negros também promoveram uma importante fusão entre os rituais católicos e africanos que resultou em uma inédita manifestação religiosa, que só o Brasil conhece. Alguém que tenha visto uma apresentação de dança afro pode entender a força dos rituais de fé africanos.





 


Possivelmente a única fotografia de um navio negreiro, esta foi feita por Marc Ferrez, em 1882. O navio que transportava as vítimas da escravidão era francês e a foto foi produzida de forma clandestina.



 

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