VOCABULÁRIO DO FOLCLORE INTERATIVO
ABAFO
Modalidade de frevo-de-rua, também conhecido como "frevo de encontro", caracterizado pelo
predomínio dos trombones. Chama-se de "abafo", quando, na rua, tem o propósito de abafar o som que
vem da orquestra de outro clube de frevo.
ABOIAR
Cantoria dos vaqueiros na sua marcha de condução do gado em boiadas, ou à noitinha, dos
campos de pastagem para os currais da fazenda.
ABRE-ALAS
Carro alegórico simbolizando a agremiação no desfile, informando o tema/enredo.
ADIVINHAÇÃO
Divertimento por decifração de enigmas, principalmente no folclore infantil, onde os
enigmas exercem papel educativo e constituem bom entretenimento.
ADUFE
Pandeiro de formato quadrado.
ADULFO
Cuíca, instrumento roncador que acompanha o ritmo do samba.
AFOXÊ
Cordão carnavalesco de predominância na Bahia, com instrumentos e música do ritual do
Candomblé e canto em língua Nagô.
AGOGO
Instrumento de percussão, componente das orquestras de maracatus, chamados de gonguê
e das baterias de escolas de samba.
AGREMIAÇÃO CARNAVALESCA
Divisões de grupos por categorias, que saem as ruas no carnaval.
Originariamente, eram formados pela mesma profissão ou ocupação, ou por algo de admiração comum.
ALA
Grupo organizado de passistas, uniformemente fantasiados, obedecendo a uma coreografia.
ALDEIA
Espaço chamado pelos caboclinhos destinado a sua exibição no carnaval.
ALEGORIAS
Enfeites preparados para serem utilizados em carros alegóricos ou nas mãos dos
participantes das alas, nas agremiações.
APITO
Pequeno instrumento de sopro, de som estridente, usado pelo regente de várias agremiações
para avisar o início da introdução musical.
ARLEQUIM
Fantasia de imitação ao traje de um personagem da peça teatral italiana "Comeddia
dell'arte”. Rival de Pierrô pelo amor da Colombina.
ARRASTA-PÉ
Baile popular. O mesmo que bate-chinela, bate-coxas, forrobodó e forró.
ARRASTA-POVO
Ensaio de "clube de frevo" ou "troça", antigamente, pelas ruas centrais do Recife.
Assim, as músicas eram divulgadas para o povo.
ARRASTO
Grande rede de pescaria, tecida de algodão fiado, que traz, a cada arremesso, grande
quantidade de peixes, inclusive os pequenos, por isso, é proibido o seu uso em determinada época. O
mesmo que arrastão.
ARTESÃO
Indivíduo que atua em atividade predominantemente manual, com produção que requer
criatividade ou habilidade pessoal, podendo utilizar ferramentas ou máquinas, em ambiente doméstico
ou em pequenas oficinas.
ARUENDA
Cortejo assemelhado ao maracatu, antigamente realizado no carnaval da cidade
pernambucana de Goiana.
AUTO
Encenação popular em forma teatral, com bailados e cantos, tratando assuntos religiosos ou
profanos, geralmente, representado no ciclo natalino nos pastoris, marujadas e bumba-meu-boi.
BACALHAU
Vareta fina, leve e mais ou menos longa, de uso do batuqueiro da orquestra dos
maracatus.
BACAMARTE
Arma de fogo, de cano curto e largo, também chamada de ‘riuna’ ou ‘granadeira’.
Usada na Guerra do Paraguai, espalhou-se pelo sertão afora, sendo usadas pelos cangaceiros.
BACAMARTEIRO
Atirador de bacamarte. Atualmente faz parte do ciclo junino e natalino. Apresentase
em grupos, acompanhados de banda de pífanos, onde deflagram grandes descargas de pólvora seca.
BAIÃO
É música e dança, catalogada desde o século XIX, tem como acompanhamento a sanfona ou a
viola. Foi propagado, pelo Brasil, por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
BALIZA-PUXANTE
Passista do sexo masculino, fantasiado à Luís XV, que dança com o estandarte do
clube de frevo. Geralmente são dois ou três balizas fazendo parte da proteção ao símbolo do clube.
BANDA DE PÍFANOS
Conjunto instrumental de percussão e sopro, conhecida, também, por cabaçal
ou zabumba. Apresenta-se nos autos e em todas as festividades folclóricas.
BAQUE
Repique produzido pelo bombo da orquestra do maracatu. Por isso, os maracatus são,
também, chamados de baque.
BARRACÃO
Área coberta onde são preparadas as alegorias e fantasias das agremiações
carnavalescas que se apresentam em desfiles organizados.
BATALHA DE CONFETE
Brincadeira entre foliões nos bailes de carnaval consistindo em uma guerra
de papel picado. Muito utilizado nos carnavais do início do século XX.
BATERIA
Grupos de instrumentos de percussão responsável pelo ritmo da escola de samba em
desfile.
BATIDA
Combinação de ritmo, andamento, compasso e intensidade do som, peculiar a cada
agremiação.
BATUCADA
Grupo de três ou quatro ritmistas batucando seus instrumentos de percussão. Estilo de
música com ritmo bem marcado, originário do batuque de Angola.
BISNAGA
Tubo cilíndrico plástico, que as crianças enchem de água para molhar pessoas nos dias de
carnaval. Meio termo entre a seringa do entrudo e o lança-perfume.
BLOCO CARNAVALESCO
Surgiu das reuniões familiares na cidade do Recife, na década de 30, como
extensão dos presépios e ranchos de reis. Sua orquestra é constituída de pau e corda e o lirismo sua
característica principal. Cantam frevo-de-bloco.
BLOCO DE RUA
Também chamado de "bloco de embalo", pela animação que provoca. É um grupo de
foliões semi-organizados, com fantasias variadas e orquestra própria.
BLOCO DE SUJOS
Grupo ocasional de animados foliões desorganizados, na base do improviso, sem
fantasias, com uma batucada de latas vazias, panelas velhas, etc.
BOI DE CARNAVAL
É a uma das figuras do "Auto do bumba-meu-boi", drama pastoril do ciclo
natalino, que no período carnavalesco saem às ruas do Recife, com coreografia própria para os dias de
folia. Folguedo que migrou das festas natalinas para o carnaval, apresentando-se sem a encenação de
autos. Dele fazem parte Mateus, Catirina, burras, cavalos-marinhos, o capitão, entre outros.
BOIADEIRO
Quem faz a boiada andar, também conhecido por ‘tangerino’ e, ainda, peão.
BOMBO
O mesmo que Zabumba. Grandes tambores integrantes das orquestras dos maracatus.
Antigamente animava as troças de "Zé Pereiras".
BONECA DE MARACATU
Ou calunga, é uma figura dos maracatus. Nos maracatus tradicionais, a
boneca é de cor preta e feita de madeira, que representam as divindades femininas do Candomblé. Na
atualidade utilizam-se também bonecas de plástico.
BONECA DE PANO
Encontrada nas feiras, feitas de retalhos de tecidos de algodão coloridos.
Utilizada, também, com a altura de uma pessoa, presa aos sapatos do par, para apresentações públicas
de danças, como o forró.
BONECOS DE BARRO
Artesanato artístico que ganhou fama com as criações do Mestre Vitalino, de
Caruaru. São encontrados representando todos os folguedos e costumes populares como capoeiristas,
sertanejos, profissões diversas, animais, etc.
BONECOS GIGANTES
Surgiram na Europa, na Idade Média, onde são encontrados na atualidade.
Propagou-se no Brasil, em maior número, nas ladeiras de Olinda, onde obteve larga divulgação. A troça
O CARIRI confeccionou, em 1932, o primeiro gigante folião de Olinda.
BRAW
Dança aos pulos do folião, executada em ritmo lento, no momento em que o trio elétrico
apresenta um frevo-de-rua.
BUMBA-MEU-BOI
É um drama pastoril, um espetáculo de arena, apresentando-se em campo aberto.
O boi dança e é morto por motivos variados, é repartido ou, em outros lugares ressuscitado. Recebe
vários nomes pelo Brasil afora: Boi Calemba, Boi de Reis, Boi Bumbá, Boi Mamão, etc.
CABOCLINHOS
Ou cabocolinhos, grupos que saem no carnaval pernambucano. São tribos de índios
que têm como característica o uso de "preacas" (arco e flecha fixados com barbante), trajando vistosos
cocares.
CABOCLO DE LANÇA
Integrante do maracatu rural. Em suas apresentações usa uma lança de dois
metros de comprimento; uma cabeleira de papel celofane; uma gola bordada; uma espécie de bolsa,
chamada "surrão", onde são presos os chocalhos.
CABOCLO DE PENA
Outro integrante do maracatu rural. Confundido com os caboclinhos, tem como
característica um enorme capacete de quase um metro de altura, como se fosse uma coroa, adornado
de vidrilhos e penas tingidas. Chamados também de "tuxáu" ou "tuxaua".
CAIXA DE GUERRA
Tambor de tamanho médio. Instrumento usado nos maracatus e nas escolas de
samba.
CAMBINDAS
Refere-se à brincadeiras de homens trajados de mulher. Precursor do maracatu rural.
Foliões vestidos de baianas, organizados para um cortejo nas vilas e povoados nordestinos. Deve ser da
mesma origem dos Cucumbis, folguedo com bailados guerreiros e pequenos enredos, outrora, muito
populares na Bahia.
CANGACEIRO
O mais famoso foi Virgulino Ferreira, o Lampião. O cangaço foi um fenômeno social
que surgiu no final do século XIX, pela extrema miséria da população do Nordeste: eles roubavam para
dar aos flagelados da seca.
CARACAXÁ
Ou ganzá, são chocalhos de forma cilíndrica, incluído em algumas orquestras do carnaval
de Pernambuco.
CARNAVAL
A maior festa popular brasileira entra no calendário, a partir da determinação da Sextafeira
da Paixão, que é marcada na primeira lua cheia subseqüente ao dia 21 de março e, assim, o
carnaval é realizado sete semanas antes da Páscoa. A forma atual do carnaval foi estabelecida no final
do século XIX e início do século XX. Anterior a este tempo era realizado o “entrudo”, brincadeira trazida
pelos portugueses no tempo da colonização brasileira.
CARRANCA
Grotescas e curiosas figuras, talhadas em madeiras, colocadas nas proas das
embarcações utilizadas no Rio São Francisco, para espantar as assombrações e os maus fluídos.
Costuma-se usa-las nas residências, em posição que fique olhando para a porta de entrada da casa,
garantindo, assim, a guarda contra os olhos grandes.
CAPOEIRA
Luta marcial, hoje jogo atlético, foi introduzida, no Brasil, pelos negros bantos de Angola.
São dos capoeiras os primeiros passos do frevo, em um misto de luta e música.
CASAMENTO MATUTO
Representação caricatural da instituição do casamento, sobre o aspecto da
cerimônia, da severidade do pai, do sexo antes do casamento e da negativa do noivo. Os personagens
são quase sempre os mesmos: a noiva grávida, o pai que obriga o noivo a casar com a intervenção da
polícia. O casamento matuto é realizado por um padre sob o olhar vigilante do delegado e de soldados
de polícia. Ao final da encenação o baile é proclamado e se dança a quadrilha.
CAVAQUINHO
De origem portuguesa, é um instrumento de cordas utilizado nas orquestras de
ranchos.
CLARIM
Trombeta de som agudo e estridente usada na abertura dos desfiles de alguns clubes e
troças carnavalescas.
CLÓVIS
Corruptela de clown (palhaço em inglês). Fantasia que se assemelha ao palhaço, muito
usada no começo do século XX.
CLUBES DE ALEGORIA E CRÍTICA
Eram clubes de préstito do início do século XX, isto é, de grupos
de pessoas em marcha, em procissão. Tinha como característica grandes carros alegóricos,
representando quadros com críticas ao governo; figuras gigantescas; indumentárias ricas e participação
dos jovens da sociedade.
CLUBES DE FREVO
Agremiação carnavalesca predominante do Recife e Olinda. Sua estrutura
assemelha-se às procissões quaresmais, comuns no século XVIII. Traz, no estandarte, seu emblema e
tem seu cortejo aberto pelos clarins. Conhecido também como Clube Carnavalesco.
COMISSÃO DE FRENTE
Grupo de dez a quinze pessoas, não fantasiadas, mas vestidos com apurada
elegância, que simbolizam as tradições da agremiação.
CORSO
Cortejo de carros em itinerário antes estabelecido, de grande animação nos carnavais de rua
até a década de 30. Automóveis de capotas arriadas e pequenos caminhões conduziam famílias ou
grupos de foliões geralmente fantasiados.
CUÍCA
Instrumento de percussão constituído de um cilindro metálico, vestido de um lado por uma
pele, prendendo-se ao centro, na parte inferior, uma vareta que atritada com a mão, produz um som
rouco.
CUCUMBIS
Cordão organizado por negros sob a influência de rituais festivos e religiosos da África.
Desaparecido do carnaval.
DIZER NO PÉ
Dançar bem o samba e com absoluta liberdade de movimentos.
EMBAIXADA
Denominação do grupo precursor da escola de samba.
EMBOSCADA
Luta simulada travada entre grupos tradicionais de caboclinhos quando se exibem no
carnaval.
ENSAIO DE RUA
Antiga preparação dos clubes de frevo do Recife para o carnaval que se
aproximava.
ENTRUDO
Chegou ao Brasil com os costumes portugueses. Eram jogos realizados nos três dias que
antecediam à Quaresma. A palavra entrudo vem do latim
introitus (introdução).
ESTANDARTE
Pavilhão símbolo de um Clube de Frevo, Maracatu ou Bloco, geralmente feito de
veludo, com desenhos e figuras em alto relevo bordados com fios dourados.
EVOÉ
Antigamente, a palavra chave de toda e qualquer notícia sobre o carnaval de 1910 a 1950.
"Evohé" é o sobrenome de Dyonisos Baco, passando a significar o grito dos bacantes em honra do deus
do vinho na mitologia grega.
EVOLUÇÃO
Coordenação de ritmo e dança de todo o conjunto de uma agremiação carnavalesca,
durante o desfile.
FANFARRA
Orquestra com predomínio dos instrumentos de metal utilizados nos Clubes de Frevo e
carnaval de rua de Pernambuco.
FIGURAS DE FRENTE
Componentes dos Clubes de Frevo, ricamente vestidos, que desfilam atrás do
porta-estandarte.
FILHÓS
Bolinhos preparados com farinha de trigo, fritos em óleo e servido com calda de açúcar,
durante o carnaval, em Pernambuco.
FLABELO
Ou cartaz, é semelhante ao estandarte dos Clubes de Frevo, onde traz o nome e o símbolo
do Bloco Carnavalesco.
FOLIA
Animação nas festividades carnavalescas.
FOLIÃO
Aquele que participa dos folguedos carnavalescos, nas ruas e nos bailes, estando ou não
fantasiado.
FREVO
Gênero de música carnavalesca, tipicamente pernambucano com três variações clássicas:
frevo-de-rua, frevo-de-bloco e frevo-canção, juntando-se a estas uma quarta variante: o frevoeletrizado.
FRIGIDEIRA
Tipo de panela de cozinha introduzida como instrumento na bateria das escolas de
samba, em 1948, no Rio de Janeiro.
FUNGE
Antigamente, reunião informal de foliões no período carnavalesco, com o único intuito de
comer e beber.
FUNIL
Corneta feita de folha de flandes usada por figurantes de alguns maracatus, para dar aviso de
sua aproximação. É também a denominação do chapéu do Caboclo de Lança.
GRITO DE CARNAVAL
Primeira manifestação festiva do carnaval, tradicionalmente acontecia nos
bailes promovidos pelos clubes sociais no último dia do ano (Ano Novo), partindo-se para os bailes da
temporada. Expressão popular que define o baile de carnaval, propriamente dito.
GUTE-GUTE
Pulos alternativos e sem ritmo que os acompanhantes dos trios elétricos realizam em
sentido contrário à evolução da multidão.
JATO-PERFUME
Tubo cilíndrico plástico contendo líquido perfumado, surgido no carnaval de 1963,
com o sentido de substituir o lança-perfume de uso e fabricação proibidos. Não chegou a popularizar-se
pois foi também proibido por decreto federal.
JETONES
Ou jetons eram caramelos em formato de bolas, enrolados em papel prateado, com uma
cauda de tiras de papel de seda de dois palmos de comprimento. Eram arremessados como se fossem
petecas entre foliões.
LANÇA-PERFUME
Bisnaga de vidro ou metal, contendo éter perfumado para ser esguichado em
pessoas participantes dos festejos carnavalescos. Apareceu em 1903, vindo da França, em substituição
às limas de cheiro desaparecidas com a proibição do entrudo.
LANCEIRO
Menino com trajes de guarda romano, participantes dos cortejos de antigos maracatus.
LIMA DE CHEIRO
Ou laranjinha, era uma pequena esfera, geralmente feita de cera e contendo água
perfumada, para arremessar nas pessoas visadas e molha-las. Proibidas pelo uso com águas mal
cheirosas e com a proibição do entrudo.
LÍNGUA DE SOGRA
Instrumento de animação carnavalesca, feito de papel, simulando uma língua
muito comprida e enrolada, crescendo quando soprada. Surgiu no carnaval de 1895. Atualmente serve
como brinquedo infantil.
LIVRO DE OURO
Caderno escolar de capa dura, para anotação e assinaturas das doações em
dinheiro destinadas as despesas das agremiações carnavalescas.
LOAS
Versos recitados pelos caboclinhos quando se apresentam no carnaval. É também os cantos
entoados pelos maracatus rurais.
MARACÁ
Cabaça cheia de sementes, servindo como instrumento musical na marcação do ritmo.
Usada nas orquestras das Tribos de Caboclinhos.
MARACATU
Folguedo do carnaval pernambucano, imitando um cortejo real, reminiscência dos negros
cativos. Apresentam-se em duas categorias: Maracatu Nação ou Baque-virado e Maracatu Rural ou de
Baque-solto.
MARCANTE
Bombo mestre de uma orquestra de maracatu, de som grave, geralmente feito de pele
de carneiro. Sua finalidade é liderar o ritmo de todo o conjunto percussivo.
MARCHA
Música propriamente carnavalesca, alegre e com letra crítica ou irônica, é uma das
modalidades da música do carnaval do Rio de Janeiro. Já a marcha-rancho tem ritmo lento e pastoral.
MÁSCARAS
Peças de variados estilos, formatos e tamanhos, feitas de papelão, pano, cortiça,
plástico, cera ou couro, com que se cobre o rosto para disfarces. Nos carnavais de antigamente, a
influência era tanta que um terço dos foliões saíam às ruas com máscaras.
MASCARADA
Grupo de foliões disfarçados com máscaras. Também denominados "Turmas".
MASCARADOS
Foliões anônimos peculiares nos carnavais de antigamente, isolados ou em grupos
pequenos.
MEIÃO
Bombo componente de uma orquestra de maracatu, geralmente feito de pele de carneiro.
Produz um som intermediário, entre o grave e o agudo.
MELA-MELA
Tentativa de foliões recifenses de restaurar o desaparecido entrudo, disfarçado em
corso. Começando em 1960 e sendo proibido em 1983.
MESTRA
Componente da ala feminina dos Blocos Carnavalescos recifenses, encarregada de ensaiar
os frevos-de-bloco.
MESTRE DAS TOADAS
Pessoa responsável pelo ensaio do coro feminino de um maracatu rural.
MI-CARÊME
Vocábulo francês com o significado de meia-quaresma. No Brasil com o sentido de
segundo carnaval de comemoração à Aleluia, que se realiza logo depois da Semana Santa.
MICARETA
Gíria baiana para designar o segundo carnaval da cidade de Feira de Santana, festejando
a Aleluia no final da Semana Santa. Precursor dos carnavais fora de época existente, hoje, em todo o
Brasil.
PANDEIRO
Instrumento de percussão, constituído de uma pele esticada num aro ou num quadrado
de madeira ou de metal, com ou sem guizos, no qual se bate com as mãos e acrobaticamente com os
cotovelos.
PAPANGU
Folião com fantasia improvisada, aproveitando peças velhas, enfeites ordinários e
comportamento abobalhado. No início do século XX, vestiam-se com sacos de estopa, fronhas na
cabeça e meias nas mãos.
PONTILHADO
Passo de frevo. O passista flexiona a perna direita, cruza a esquerda à altura do joelho
e toca o calcanhar no chão.
PREACA
As peças que simulam o arco e a flecha dos índios, usados pelos integrantes das Tribos de
Caboclinhos do Recife.
RASGADO
Acorde estridente dos instrumentos de metal de uma fanfarra tocando um frevo-de-rua.
RASTEIRA
Passo de frevo. O passista movimenta as pernas e forçando os joelhos, quando flexiona o
corpo ficando de costas para o chão, procura empurrar os joelhos de outro passista.
RECO-RECO
Instrumento de percussão introduzido nas baterias das escolas de samba.
Originariamente feito com um gomo de bambu.
REI MOMO
Símbolo da grandeza do Carnaval, sempre representado por um folião muito gordo e de
simpatia irradiante, vestindo fantasia vistosa, com coroa majestática. É uma figura mitológica grega.
REINADO DE MOMO
Bailes, desfiles de escolas de samba, cortejos de clubes, blocos de ruas, troças
brincalhonas, mascarados e foliões fantasiados, música, tudo o que tem sentido carnavalesco.
SÁBADO GORDO
Sábado que precede o domingo de carnaval. É também chamado de sábado de Zé
Pereira.
SACA-ROLHA
Passo de frevo. O passista, cruzando a perna direita sobre a esquerda, vira-se nas
pontas dos pés descrevendo uma volta completa para ficar com a perna esquerda sobre a direita.
SAFARRASCO
Antigamente, baile carnavalesco sem programa e organização, realizado na base do
improviso.
SERPENTINA
Fita estreita de papel, muito comprida e de cores variadas, enrolada em forma de disco
que se desenrola em arremesso nos festejos carnavalescos. Surgiu no carnaval de 1892.
TALABARTE
Grosso cinto de couro, apoiado em um dos ombros do porta-estandarte para facilitar a
sustentação do pavilhão do clube de frevo ou outras agremiações durante o desfile.
TERNO
Orquestra de maracatu rural.
TESOURA
Passo de frevo. O passista flexiona o corpo num pequeno agachamento e, rapidamente,
com as pernas em forma de tesoura, logo se levanta dando uma volta completa na ponta dos pés.
TORÉ
Dança de caboclinhos.
TRIBO DE ÍNDIOS
Folguedo popular originário da Paraíba, atualmente apresenta-se com raridade no
carnaval.
TRÍDUO MOMESCO
São os três dias de carnaval, embora a abertura dos festejos dedicados a Momo
seja muito antes, tento que já se diz "semana do carnaval". Por decreto municipal, é de 11 dias o
carnaval da cidade de Olinda, Pernambuco.
TRIOLIM
Violão de quatro cordas que, eletrificado, surgiu como o terceiro instrumento do trio
elétrico.
TROÇA
Grupos de foliões em brincadeiras improvisadas e sem a mínima organização, animando o
carnaval nos subúrbios dos grandes centros urbanos e das cidades do interior. Raras as troças que se
apresentam com orquestras ou fantasias.
URSO DO CARNAVAL
Ou La ursa, é uma brincadeira do carnaval recifense, onde um homem vestido
com trapos e uma máscara de urso, amarrado pela cintura, e puxado por outro figurante, o domador,
arrecada dinheiro e assusta a meninada. Se o urso for endinheirado apresentam-se outros figurantes e
até orquestra.
VÔO DE ANDORINHA
Passo de frevo. O passista, usando a sombrinha, procura espaços
desocupados para desenvolver sua dança: elevando o corpo com grande impulso, cuzando as pernas no
ar e, simultaneamente, abrir os braços. Logo em seguida cai com os tornozelos cruzados para
recomeçar o passo.
XERE
Chocalho introduzido nas apresentações no auto dos caboclinhos.
ZABUMBA
Grupo de instrumentos barulhentos que, antigamente, animava a troça carnavalesca dos
Zé Pereira. É também a denominação de grandes tambores, no passado de fabricação artesanal,
integrante das orquestras de maracatus, também chamados de bombos.
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