CADÊ MÁRIO MELLO?
Jornalista, historiador, geógrafo, filatelista, numismata e autor de vários livros, Mário
Carneiro do Rego Mello nasceu em 05 de fevereiro de 1884, no Engenho Barbalho. Escreveu
mais de cem mil artigos nos sessenta anos de sua vida jornalística, Mário Mello era inesgotável,
colaborou com quase todos os jornais do Recife. Participava de várias associações, não só
culturais como também carnavalescas.
Era pernambucano até a medula dos ossos, defendendo as coisas da sua terra, amando o
seu folclore, o seu carnaval, o seu frevo, as suas tradições, as suas leis. Homem de luta, caía
impiedosamente sobre os adversários. Quem percorria as ruas do Recife, na década de 50, deve
ter visto aquele homem de cabelos brancos e lisos, caídos sobre a testa larga ou sobre as orelhas
grandes, palmilhando vagarosamente as avenidas e vielas ou soltando sonoras gargalhadas, com
toda franqueza da sua boca larga, no Café Lafayette, com seu cachimbo dependurado dos lábios.
Com toda a justiça, a Prefeitura da Cidade do Recife deu o nome de Mário Mello a uma
grande avenida, erguendo seu busto na confluência com a Av. Cruz Cabugá, ao lado do Parque
13 de Maio, que era uma das suas paixões.
Mário Mello defendia as causas do povo e amava as coisas do povo, principalmente o
carnaval. Folião de cabelos desgrenhados, defendia até o último instante os seus pontos de vista,
sendo fiel a si mesmo e à sua cidade. Ele partiu no ano de 1959, privando os recifenses de seu
intelecto e de sua típica personalidade.
O defensor de Vassourinhas, Pão Duro, Dragões e Canindés, com certeza, encontra-se
reunido a Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon e, também, a Nelson Ferreira, Capiba, Luís
Bandeira, Clídio Nigro, Carmelo, Fernando Borges, Matias da Rocha, Felinho, Mário Sette,
Gildo Branco, Edgar Moraes, Raul Moraes, Toscano Filho, Gildo Moreno, Capitão Zuzinha,
Carnera, José Felipe, Sebastião Lopes, Zumba, João Santiago, Levino.
Essa turma da pesada deve estar fazendo um belo carnaval no céu!
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