sábado, 17 de agosto de 2013

DISCIPLINA ARTES


 
DADOS DA AULA
 
TÍTULO
A Influência da Arte Africana no Brasil e suas manifestações


O que o aluno poderá aprender com esta aula:Conhecer algumas das manifestações culturais afro-brasileiras.Compreender a importância da valorização das manifestações culturais afro-brasileiras.
 
Duração das atividades
2 aulas de 50 minutos.


Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
Estratégias e recursos da aula
 
Será apresentado aos alunos aos alunos o significado do termo "manifestações culturais", com demonstração de textos e imagens no projetor de imagens Data Show para maior assimilação do conteúdo e conhecimento. Após pedir aos alunos para que observe atentamente as imagens e descrevê-las em detalhes. Propiciando aos alunos reflexão sobre as diversas manifestações culturais trazidas pelos povos africanos. Dando ênfase as Máscaras Africanas, Religião e Dança.
Segue abaixo alguns exemplos dessas manifestações:


CAPOEIRA
Conhecida mundialmente, a Capoeira que é vista nas ruas e ladeiras de Salvador, tem a sua história relacionada à opressão. Essa dança ou arte marcial, como queiram chamar, surgiu assim: Com a implantação da escravidão no Brasil , por volta de 1538 e com a vinda dos africanos, vieram também na bagagem os costumes, que eram a forma de minimizar o sofrimento no Novo Mundo. Os rituais religiosos e danças feitas na terra natal já mostravam os primeiros passos que iriam culminar na Capoeira. Logo depois das primeiras fugas de escravos, os fugitivos necessitavam de algo para se defender e que lhes desse a habilidade de atacar os “capitães-do-mato”. Com movimentos de ginga, saltos e chutes a antes dança comemorativa ganha caráter de luta. A eficácia da Capoeira veio em forma de vitória em diversas batalhas, seja em relação à opressão social da época ou em Guerras como a do Paraguai.
O nome "capoeira" tem origem nos terrenos que tiveram o mato queimado e apresentam a sua vegetação crescente. E eram nesses espaços que os escravos tinham condições favoráveis na hora de lutar em prol da liberdade e da vida. A Capoeira teve tanta influência na época da escravidão e nos anos que seguiram após a abolição, que chegou a ser proibida sob pena de prisão ou até deportação. Sendo os seus praticantes considerados desocupados e desordeiros.
A diversidade existente na Bahia também está inserida na capoeira, que possui duas variações de estilos de luta, musicas e cantos. A capoeira Angola, como é conhecida, corresponde a uma das características da cultura africana Bantu, que são alguns de seus rituais religiosos. O jogo de capoeira Angola é recheado de sagacidade, mandinga e elegância de movimentos que seguem o ritmo tocado pela orquestra. Um dos mestres mais conhecidos da capoeira Angola é Vicente Ferreira Pastinha – o Mestre Pastinha. Discípulo do mestre africano Benedito, Pastinha dedicou sua vida aos ensinamentos da capoeira em sua academia no Pelourinho (Centro Esportivo de Capoeira Angola), se dedicou, sobretudo a desfazer o preconceito em relação a capoeira incrustado na sociedade.
Já na década de 30, Manoel dos Reis Machado – o Mestre Bimba – após 14 anos cercado com os ensinamentos da capoeira Angola, decide criar a Luta Regional Baiana. Hoje é conhecida como "Capoeira Regional", uma linha aperfeiçoada da capoeira Angola, com cerca de 52 golpes. Mestre Bimba, através na sua nova linha de ensino da capoeira, incluiu mulheres e posteriormente pessoas brancas e de outras classes sociais, na prática da Capoeira. Ele também exigia que os seus capoeiras estivessem trabalhando ou estudando, exigiu até quem todos jogassem com uniforme branco, como forma de higiene , e para diminuir o preconceito e maior divulgação da cultura. A Capoeira foi mais uma forma dos escravos e seus descendentes afirmarem sua identidade e cultura numa sociedade cheia de preconceitos. Patrimônio Cultural Brasileiro, a Capoeira é praticada nas ruas do Centro Histórico.
CANDOMBLÉ
 


SAMBA
O nome samba é, provavelmente, originário do nome angolano semba, um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançada.
O primeiro registro da palavra "samba" aparece na Revista O Carapuceiro, de Pernambuco, em 3 de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama, escreve contra o que chamou de "samba d'almocreve". O Samba é a principal forma de música de raízes africanas surgidas no Brasil.
Em meados do século 19, a palavra samba definia diferentes tipos de música introduzida pelos escravos africanos, desde o Maranhão até São Paulo. O samba carioca provavelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, onde ganharam novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de forma tal que, o samba moderno, como gênero musical, surgiu no início do século 20 na cidade do Rio de Janeiro (a capital brasileira de então).
Muitos pesquisadores apontam para os ritmos do maxixe, do lundu e da modinha como fontes que, quando sintetizadas, deram origem a ao samba moderno. O termo "escola de samba" é originário deste período de formação do gênero. O termo foi adotado por grandes grupos de sambistas numa tentativa de ganhar aceitação para o samba e para a suas manifestações artísticas; o morro era o terreno onde o samba nascia e a "escola" dava aos músicos um senso de legitimidade e organização que permitia romper com as barreiras sociais.
O samba-amaxixado Pelo telefone, de domínio público mas registrado por Donga e Mauro Almeida, é considerado o primeiro samba gravado, embora Bahiano e Ernesto Nazaré tenham gravado pela Casa Édison desde 1903. É deles o samba "A viola está magoada". Há registros também do samba "Em casa de Baiana" (1913), de autoria de Alfredo Carlos Brício. Porém ambos não fizeram muito sucesso, e foi a composição registrada por Donga que levou o gênero para além dos morros. Donga chegou a anunciar "Pelo telefone" como "tango-samba", no Jornal do Brasil de 8 de janeiro de 1917.
Nos anos trinta, um grupo de músicos liderados por Ismael Silva fundou, na vizinhança do bairro de Estácio de Sá, a primeira escola de samba, Deixa Falar. Eles transformaram o gênero, dando-lhe os contornos atuais, inclusive coma introdução de novos instrumentos, como o surdo e a cuíca, para que melhor se adequasse ao desfile de carnaval. Nesta mesma época, um importante personagem também foi muito importante para a popularização do samba: Noel Rosa. Noel é responsável pela união do samba do morro com o do asfalto. É considerado o primeiro cronista da música popular brasileira. Nesta época, a rádio difundiu a popularidade do samba por todo o país, e com o suporte do presidente Getúlio Vargas, o samba ganhou status de "música oficial" do Brasil.


Máscaras

“Mágicas, protetoras, lúdicas, miméticas tanto servem para encobrir ou revelar intenções de quem as usa. ”Imaginária ou não, a máscara serve para ocultar a verdadeira essência do homem, sejam seus instintos ou mesmos traços fisionômicos. O seu uso pode significar esconder uma personalidade cotidiana para assumir as qualidades da personagem que ora representa. Desde a pré-história as máscaras são usadas juntamente com os tambores, cantos, danças e mímicas nos rituais religiosos e mágicos. O mais antigo registro de sua existência foi encontrado na Caverna de Lascaux, na França em desenhos feitos nas paredes rochosas mostrando homens mascarados com cabeças de animais. Nos rituais sagrados, a máscara intermedia a relação com o mundo invisível, expressando a fé na existência de seres sobrenaturais. Também desempenha funções mágicas: No Antigo Egito elas eram colocadas sobre o rosto do mosto para ajudá-lo na passagem para a vida eterna. Gregos e romanos usavam-nas em cerimônias religiosa. Na China e sudeste da Ásia, as máscaras de dragão eram usadas para afastar os maus espíritos.
Ainda hoje, sacerdotes de civilizações primitivas como os pajés entre os povos indígenas, usam máscaras para incorporar entidades que curam.
Na África, a máscara não serve só para esconder o rosto de quem a usa, ela o transforma em outro alguém diferente que pode ser um espírito ancestral, um ser do outro mundo. Essa “transformação” só acontece em momentos especiais como: rituais e cerimônias de iniciação, quando crianças se preparam para tornarem-se adultos; nos enterros; nas coroações de chefes e reis; festas da colheta ou plantio; rituais de curas de doenças; expedições de caça ou de guerra; policiamento e cumprimento da justiça Percebe-se então que as máscaras têm funções educativas, religiosas, militares, policiais e econômicas. A máscara não é apenas um objeto esculpido em madeira ou confeccionada em outro material. Ela inclui a roupa do mascarado e adereços que ele carrega. Mas ela só se torna uma máscara quando entra em ação, dançando a música dos tambores e outros instrumentos, enquanto a comunidade participa olhando, batendo palmas, cantando e estimulando.
Eram também usadas para protegerem o físico. Durante 650 anos em todo o Império Romano, gladiadores usavam máscaras nos confrontos com feras, em circos públicos e arenas. Mas foi na arte dramática que a máscara mais se enriqueceu, transformando-se em elemento cênico. Os artefatos eram confeccionados em barro, madeira, cortiça e ferro adornados com outros materiais. Em 500 a.C. sua forma foi aperfeiçoada e sua execução confiada a escultores.


Recursos educacionais adicionados na aula:
  • Nome: Influência Africana no Brasil
  • Breve História da Cultura Africana

Tipo: Vídeo
Recursos Complementares
Para ajudar na construção e elaboração das atividades foi utilizado o vídeo Influência Africana no Brasil, contido no link aqui relacionado:


Avaliação
A avaliação da aprendizagem dos alunos será realizada através das atividades que eles desenvolverão individual ou coletivamente em cada uma das etapas da aula. Nesta avaliação, deve-se diagnosticar se os alunos conseguem identificar as manifestações culturais afro-brasileiras, relacionar e sintetizar, oral e por escrito, as características destas manifestações e a importância de valorizá-las.

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